Mayara Ruth Nishiyama Soares, Luciana Lobo Miranda, Tadeu Lucas de Lavor Filho, L. F. Nunes, Érica Atem Gonçalves de Araújo Costa
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Abstract
O presente artigo apresenta uma reflexão crítica sobre as violências que atravessam corpos marcados pela identidade de gênero dentro e fora da escola. Nosso objetivo é relatar a experiência de oficinas em escolas públicas de Fortaleza-CE, com base na vivência em campo no ano de 2021 do projeto de pesquisa-extensão Artes Insurgentes: coletivizando resistências. Trabalhamos a partir de uma pesquisa-intervenção (PI) articulada ao referencial ético-teórico-metodológico dos feminismos decoloniais sob uma lente intersecional. Desenvolvemos oficinas formativas em quatro escolas do Grande Bom Jardim (GBJ), com o apoio de coletivos e artistas do território. Nestas oficinas a discussão de gênero foi diretamente atravessada por relatos de violências, que carregam a denúncia das estruturas hegemônicas do patriarcado performado pelo machismo, cisbinariedade, misoginia, sexismo, e dentre outras formas de opressão em torno de gênero para além das paredes das escolas. Assim, mediante a esses cenários de constantes violações, durante as oficinas formativas, pudemos traçar coletivamente fissuras e aberturas aos devires, às linhas de fuga, que apareceram como um elemento diferencial que provoca rasgos no circuito desejante instituído.