{"title":"De um saber seguro de si a insegurança do saber","authors":"Yan Bezerra Fonseca","doi":"10.34024/hydra.2019.v4.9915","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo propõe uma reflexão sobre os historiadores e a historiografia nas sociedades informacionais contemporâneas. Confrontados por uma realidade na qual somos rodeados por um persistente redemoinho semiótico caótico, a historiografia disciplinar e seus principais interlocutores, os historiadores, são afetados por uma profunda crise epistêmica. A História “útil para a vida”, tal qual descrita pelo pensamento nietzschiano , um saber dotado da capacidade de fornecer aos homens o substrato de suas ações no mundo ao qual pertencem, parece evanescer cada vez mais em meio a um cenário de negações, negacionismo, apropriações toscas e desafios à pretensa autoridade daqueles que a ela dedicam sua vida e suas penas. Nesse movimento, os historiadores, autoproclamados “guardiões da musa Clio”, parecem se voltar com maior intensidade a questões ligadas aos usos públicos e, portanto, políticos, que sofrem os passados por eles escritos. É em observação a esse panorama que surge a série de inquietações motivadoras deste artigo.","PeriodicalId":426794,"journal":{"name":"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP","volume":"162 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-03-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/hydra.2019.v4.9915","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo propõe uma reflexão sobre os historiadores e a historiografia nas sociedades informacionais contemporâneas. Confrontados por uma realidade na qual somos rodeados por um persistente redemoinho semiótico caótico, a historiografia disciplinar e seus principais interlocutores, os historiadores, são afetados por uma profunda crise epistêmica. A História “útil para a vida”, tal qual descrita pelo pensamento nietzschiano , um saber dotado da capacidade de fornecer aos homens o substrato de suas ações no mundo ao qual pertencem, parece evanescer cada vez mais em meio a um cenário de negações, negacionismo, apropriações toscas e desafios à pretensa autoridade daqueles que a ela dedicam sua vida e suas penas. Nesse movimento, os historiadores, autoproclamados “guardiões da musa Clio”, parecem se voltar com maior intensidade a questões ligadas aos usos públicos e, portanto, políticos, que sofrem os passados por eles escritos. É em observação a esse panorama que surge a série de inquietações motivadoras deste artigo.