Jaqueline Cristina Silva, Bárbara Adele De Moraes, Kelly Da Silva
{"title":"Bebês em risco? Considerações sobre o discurso de detecção precoce no campo da saúde mental","authors":"Jaqueline Cristina Silva, Bárbara Adele De Moraes, Kelly Da Silva","doi":"10.54948/desidades.v0i33.50462","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A partir de uma revisão narrativa e integrativa, objetiva-se discutir o uso do termo detecção precoce no campo da saúde mental da primeira infância, sobretudo em relação aos bebês. Problematiza-se a hegemonia do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) e a ênfase, em especial a partir da última edição, na prevenção de transtornos mentais, a partir da antecipação de riscos. Questiona-se o lugar ambíguo do bebê e da criança pequena: ora no lugar de prevenção de possíveis desvios na fase adulta, sujeita a inúmeros riscos, ora em um lugar de invisibilidade. Propõe-se que uma clínica psicanalítica com bebês, preocupada em evitar tanto a patologização quanto a identificação de bebês em risco, deve destacar o lugar do bebê como um sujeito que demanda, a seu tempo, inscrito em uma determinada história, o que põe em relevo a necessidade de se considerar os determinantes sociais e culturais. ","PeriodicalId":151596,"journal":{"name":"DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude","volume":"78 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54948/desidades.v0i33.50462","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A partir de uma revisão narrativa e integrativa, objetiva-se discutir o uso do termo detecção precoce no campo da saúde mental da primeira infância, sobretudo em relação aos bebês. Problematiza-se a hegemonia do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) e a ênfase, em especial a partir da última edição, na prevenção de transtornos mentais, a partir da antecipação de riscos. Questiona-se o lugar ambíguo do bebê e da criança pequena: ora no lugar de prevenção de possíveis desvios na fase adulta, sujeita a inúmeros riscos, ora em um lugar de invisibilidade. Propõe-se que uma clínica psicanalítica com bebês, preocupada em evitar tanto a patologização quanto a identificação de bebês em risco, deve destacar o lugar do bebê como um sujeito que demanda, a seu tempo, inscrito em uma determinada história, o que põe em relevo a necessidade de se considerar os determinantes sociais e culturais.