{"title":"Arte para educar em direitos humanos","authors":"André Bakker da Silveira, G. Arinelli","doi":"10.5016/ridh.v11i1.190","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: O presente artigo busca refletir sobre o potencial da arte como ferramenta para a educação em direitos humanos. De natureza teórica e reflexiva, neste trabalho, defendemos que a Arte, em suas diversas formas de manifestação, é capaz de produzir vivências que ampliam e sensibilizam o olhar de indivíduos para as múltiplas experiências da diversidade humana, tomando os sujeitos pela via do sensível e possibilitando a ressignificação na maneira como sentem, pensam e agem no mundo. Esse potencial, quando usado intencionalmente em uma prática pedagógica, pode servir ao objetivo de uma educação em direitos humanos preocupada com a promoção da justiça social e do respeito à diversidade. Para isso, articulamos proposições de teóricos da educação em direitos humanos como Vera Candau, Eduardo Bittar e Nancy Flowers, com referenciais da psicologia e da arte, especialmente, de Lev Vigotski, Jorge Coli e João Francisco Duarte Junior. Em um primeiro momento, tratamos de uma concepção de educação em direitos humanos que entende a necessidade de mudança do status quo e que, portanto, busca formar indivíduos com uma percepção crítica da realidade e que visem a transformação social. Em seguida, exploramos a forma como a arte atua na promoção de vivências e favorece o desenvolvimento de novas percepções da realidade. Por fim, discorremos sobre alguns caminhos possíveis para a reflexão e utilização da arte na educação em direitos humanos, compreendendo-a como ferramenta potente a tal finalidade.\n \nArte para educar en derechos humanos: reflexiones para una práctica transformadora\nResumen: Este artículo busca reflexionar sobre el potencial del arte como herramienta para la educación en derechos humanos. De carácter teórico y reflexivo, en este trabajo defendemos que el Arte, en sus diversas formas de manifestación, es capaz de producir experiencias que amplían y sensibilizan la mirada de los individuos ante las múltiples vivencias de la diversidad humana, llevando a los sujetos a través de la sensibilidad y posibilitando la redefinición de su forma de sentir, pensar y actuar en el mundo. Este potencial, cuando se utiliza intencionalmente en una práctica pedagógica, puede servir al propósito de una educación en derechos humanos preocupada por promover la justicia social y el respeto por la diversidad. Para ello, articulamos propuestas de teóricos de la educación en derechos humanos como Vera Candau, Eduardo Bittar y Nancy Flowers, con referenciales de la psicología y del arte, especialmente de Lev Vigotski, Jorge Coli y João Francisco Duarte Junior. En un primer momento, nos ocupamos de una concepción de la educación en derechos humanos que comprende la necesidad de cambiar el status quo y que, por tanto, busca formar sujetos con una percepción crítica de la realidad y que apunten a la transformación social. Luego, exploramos cómo el arte actúa en la promoción de experiencias y favorece el desarrollo de nuevas percepciones de la realidad. Finalmente, discutimos algunos caminos posibles para la reflexión y el uso del arte en la educación en derechos humanos, entendiéndolo como una poderosa herramienta para este propósito.\nPalabras clave: Educación. Derechos humanos. Educación en derechos humanos. Arte e imaginación.\n \nArt in human rights education: thoughts towards a transformative practice\nAbstract: This paper seeks to reflect on the potential of art as a tool for human rights education. Having a theoretical and reflective nature, in this work, we defend that Art, in its various forms, is capable of producing experiences that broaden and sensitize the gaze of individuals to the multiple experiences of human diversity, taking subjects through the sensitive and enabling the redefinition of the way they feel, think and act in the world. This potential, when used intentionally in a pedagogical practice, can serve the purpose of human rights education when it is concerned with promoting social justice and respect for diversity. We articulate propositions of human rights education theorists such as Vera Candau, Eduardo Bittar and Nancy Flowers, with references from psychology and art, especially from Lev Vigotski, Jorge Coli and João Francisco Duarte Junior. At first, we deal with a conception of human rights education that considers the need to change the status quo and that, therefore, seeks to educate individuals with a critical perception of reality, that aim at social transformation. Then, we explore how art acts in promoting experiences and favors the development of new perceptions of reality. Finally, we discuss some possible paths for reflection and use of art in human rights education, understanding it as a powerful tool for this purpose.\nKeywords: Education. Human rights. Human rights education. 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Abstract
Resumo: O presente artigo busca refletir sobre o potencial da arte como ferramenta para a educação em direitos humanos. De natureza teórica e reflexiva, neste trabalho, defendemos que a Arte, em suas diversas formas de manifestação, é capaz de produzir vivências que ampliam e sensibilizam o olhar de indivíduos para as múltiplas experiências da diversidade humana, tomando os sujeitos pela via do sensível e possibilitando a ressignificação na maneira como sentem, pensam e agem no mundo. Esse potencial, quando usado intencionalmente em uma prática pedagógica, pode servir ao objetivo de uma educação em direitos humanos preocupada com a promoção da justiça social e do respeito à diversidade. Para isso, articulamos proposições de teóricos da educação em direitos humanos como Vera Candau, Eduardo Bittar e Nancy Flowers, com referenciais da psicologia e da arte, especialmente, de Lev Vigotski, Jorge Coli e João Francisco Duarte Junior. Em um primeiro momento, tratamos de uma concepção de educação em direitos humanos que entende a necessidade de mudança do status quo e que, portanto, busca formar indivíduos com uma percepção crítica da realidade e que visem a transformação social. Em seguida, exploramos a forma como a arte atua na promoção de vivências e favorece o desenvolvimento de novas percepções da realidade. Por fim, discorremos sobre alguns caminhos possíveis para a reflexão e utilização da arte na educação em direitos humanos, compreendendo-a como ferramenta potente a tal finalidade.
Arte para educar en derechos humanos: reflexiones para una práctica transformadora
Resumen: Este artículo busca reflexionar sobre el potencial del arte como herramienta para la educación en derechos humanos. De carácter teórico y reflexivo, en este trabajo defendemos que el Arte, en sus diversas formas de manifestación, es capaz de producir experiencias que amplían y sensibilizan la mirada de los individuos ante las múltiples vivencias de la diversidad humana, llevando a los sujetos a través de la sensibilidad y posibilitando la redefinición de su forma de sentir, pensar y actuar en el mundo. Este potencial, cuando se utiliza intencionalmente en una práctica pedagógica, puede servir al propósito de una educación en derechos humanos preocupada por promover la justicia social y el respeto por la diversidad. Para ello, articulamos propuestas de teóricos de la educación en derechos humanos como Vera Candau, Eduardo Bittar y Nancy Flowers, con referenciales de la psicología y del arte, especialmente de Lev Vigotski, Jorge Coli y João Francisco Duarte Junior. En un primer momento, nos ocupamos de una concepción de la educación en derechos humanos que comprende la necesidad de cambiar el status quo y que, por tanto, busca formar sujetos con una percepción crítica de la realidad y que apunten a la transformación social. Luego, exploramos cómo el arte actúa en la promoción de experiencias y favorece el desarrollo de nuevas percepciones de la realidad. Finalmente, discutimos algunos caminos posibles para la reflexión y el uso del arte en la educación en derechos humanos, entendiéndolo como una poderosa herramienta para este propósito.
Palabras clave: Educación. Derechos humanos. Educación en derechos humanos. Arte e imaginación.
Art in human rights education: thoughts towards a transformative practice
Abstract: This paper seeks to reflect on the potential of art as a tool for human rights education. Having a theoretical and reflective nature, in this work, we defend that Art, in its various forms, is capable of producing experiences that broaden and sensitize the gaze of individuals to the multiple experiences of human diversity, taking subjects through the sensitive and enabling the redefinition of the way they feel, think and act in the world. This potential, when used intentionally in a pedagogical practice, can serve the purpose of human rights education when it is concerned with promoting social justice and respect for diversity. We articulate propositions of human rights education theorists such as Vera Candau, Eduardo Bittar and Nancy Flowers, with references from psychology and art, especially from Lev Vigotski, Jorge Coli and João Francisco Duarte Junior. At first, we deal with a conception of human rights education that considers the need to change the status quo and that, therefore, seeks to educate individuals with a critical perception of reality, that aim at social transformation. Then, we explore how art acts in promoting experiences and favors the development of new perceptions of reality. Finally, we discuss some possible paths for reflection and use of art in human rights education, understanding it as a powerful tool for this purpose.
Keywords: Education. Human rights. Human rights education. Art and imagination.