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Abstract
O presente artigo visa, sob uma perspectiva existencial e fundamentada na tradição cristã, refletir a respeito da problemática relação entre a fé e a finitude, de modo a apontar que a primeira só encontra-se plena na experiência da finitude, no que denominamos no título de retomada do mundo. Para isso, primeiramente analisamos a chamada theologia crucis, de Lutero, apresentada no Debate de Heidelberg, em que o reformador alemão defende, em posição crítica à escolástica, que o conhecimento de Deus só é possível naquilo que é visível, a saber, o Cristo crucificado. Em seguida, vemos como Kierkegaard, através do pseudônimo Johannes de Silentio em Temor e tremor, descreve a experiência da fé como um duplo movimento de resignação e retomada, caracterizando a fé no interior de uma experiência existencial paradoxal, que vive na tensão entre a finitude e a infinitude.