Sobre um nome, que virou sigla, que virou nome

Rafael José de Menezes Bastos
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Abstract

A sigla “MPB”, abreviando a expressão Música Popular Brasileira, passou a ser usada no contexto dos festivais da canção promovidos a partir de 1965 por TVs de São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje, distanciada dessa cena, passou a ser, ela mesma, uma expressão autônoma: “Emepêbê”. Os festivais referidos tinham como público principal estudantes universitários que se avaliavam como política, moral, estética e musicalmente avançados. Seu cenário era o regime militar de 1964 e a guerra fria. A sigla sempre foi seletiva, indicando gêneros de canções – sambas, sambas-canções e baiões, entre outros – e excluindo todos os outros. Seu caráter seletivo sempre provocou contestação por parte dos excluídos – especialmente de integrantes dos mundos do rock, choro, música instrumental e da chamada música brega –, sob a argumentação de que as características pretensamente herdadas da Bossa Nova e tidas como marcas da MPB eram falsas e arrogantes, apontando antes para razões de mercado. Este texto é uma breve antropologia dessa história.
一个名字,变成了首字母缩写,变成了名字
首字母缩写“MPB”是巴西流行音乐的缩写,从1965年开始在sao保罗和里约热内卢de Janeiro的电视上推广的歌曲节中使用。今天,远离了这个场景,它本身变成了一个独立的表达:“emepebe”。这些节日的主要观众是大学生,他们认为自己在政治、道德、美学和音乐上都很先进。它的背景是1964年的军事政权和冷战。这个首字母缩写一直是有选择的,表示歌曲的类型——桑巴舞、桑巴舞和baies等等——而排除了所有其他歌曲。你选择性总是引起反击的忽视的—尤其是对已知世界的摇滚、器乐和所谓的音乐,哭着—,这些特征参数的历史遗留的波萨诺瓦,人们依赖品牌的硫酸盐是假的自大狂,却是市场的原因。本文简要介绍了这段历史的人类学。
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