Willame Anderson Simões Rebouças, Iasmin Da Costa Marinho, Yatamuri Rafaelly Cosme da Silva
{"title":"COMUNIDADE LGBTQIA+ E AS CONDIÇÕES DE ACESSO E PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR","authors":"Willame Anderson Simões Rebouças, Iasmin Da Costa Marinho, Yatamuri Rafaelly Cosme da Silva","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2072","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Considerando os escandalosos números de mortes de indivíduos pertencentes à comunidade LGBTQIA+, fruto da discriminação e do preconceito que ceifam o direito à vida desses indivíduos, o artigo em tela tem como objetivo refletir sobre as condições de acesso e permanência da comunidade LGBTQIA+ ao ensino superior. Para tanto, o estudo contou com as contribuições teóricas de Jesus, Souza e Silva[1], Souza[2]; Acosta[3]; Vieira Junior[4] e entre outros. Enquanto percurso metodológico, a pesquisa é de abordagem qualitativa e combina estratégias de levantamento e análise de produções científicas recolhidas junto às bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCieLo); e Google Acadêmico, no período de 2007 a 2021. Resulta da análise o entendimento que, para a comunidade LGBTQIA+, as condições de acesso e permanência no ensino superior são reflexos de um contexto histórico de privação e exclusão ainda vividos na educação básica, dificultando os percursos formativos e de vida dessa comunidade. A perpetuação da lógica capitalista, patriarcal, racista e sexista da sociedade, revela contornos cruéis quanto à sobrevivência e dignidade humana dos indivíduos que assumem identidades divergentes da cisheteronormatividade. Assim, faz-se necessário pensar políticas públicas que ampliem as possibilidades de acesso e permanência desses sujeitos nas universidades, mas também, que os espaços de ensino produzam uma sociabilidade inclusiva, assumindo uma concepção de educação integral e sem reforço de diferenças. Tal proposição não se dará de forma imediata, e requer vontade política de todos àqueles que fazem a escola, a universidade e os sistemas públicos e privados de ensino no Brasil.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"46 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2072","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
Considerando os escandalosos números de mortes de indivíduos pertencentes à comunidade LGBTQIA+, fruto da discriminação e do preconceito que ceifam o direito à vida desses indivíduos, o artigo em tela tem como objetivo refletir sobre as condições de acesso e permanência da comunidade LGBTQIA+ ao ensino superior. Para tanto, o estudo contou com as contribuições teóricas de Jesus, Souza e Silva[1], Souza[2]; Acosta[3]; Vieira Junior[4] e entre outros. Enquanto percurso metodológico, a pesquisa é de abordagem qualitativa e combina estratégias de levantamento e análise de produções científicas recolhidas junto às bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCieLo); e Google Acadêmico, no período de 2007 a 2021. Resulta da análise o entendimento que, para a comunidade LGBTQIA+, as condições de acesso e permanência no ensino superior são reflexos de um contexto histórico de privação e exclusão ainda vividos na educação básica, dificultando os percursos formativos e de vida dessa comunidade. A perpetuação da lógica capitalista, patriarcal, racista e sexista da sociedade, revela contornos cruéis quanto à sobrevivência e dignidade humana dos indivíduos que assumem identidades divergentes da cisheteronormatividade. Assim, faz-se necessário pensar políticas públicas que ampliem as possibilidades de acesso e permanência desses sujeitos nas universidades, mas também, que os espaços de ensino produzam uma sociabilidade inclusiva, assumindo uma concepção de educação integral e sem reforço de diferenças. Tal proposição não se dará de forma imediata, e requer vontade política de todos àqueles que fazem a escola, a universidade e os sistemas públicos e privados de ensino no Brasil.