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Abstract
Frente ao preconceito pautado no argumento de que o mundo precisa deixar de ser apolíneo ou que o analista junguiano deve afastar-se de Apolo, este trabalho reflete sobre a real necessidade de interdição de Apolo na clínica. Para isso, resgataram-se as diferentes abordagens que caracterizam o deus da mitologia grega como figura complexa e multifacetada. Sua presença no consultório suscitou o estudo da transferência e da contratransferência. Como ferramenta de análise, extraiu-se das características de Apolo o que parecia mais marcante na possível interferência à atuação clínica: o poder e o distanciamento emocional. Em forma de julgamento, referindo-se à condenação do logos no meio junguiano, este trabalho se transformou numa carta em defesa de Apolo e de todos os deuses, sem a necessidade do sacrificium intellectus. O temenos analítico revela-se como arena de vozes, palco do politeísmo, onde todos os deuses podem e devem se presentificar sem qualquer interdição a um ou outro para que o analista cumpra com o seu papel.