Fernanda Wanderer, Juliana Veiga de Freitas, Maria Eduarda Leidens Prates
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Abstract
Inserido na temática de Formação de Professores, o estudo objetiva compreender de que modo as formações docentes propiciadas pelas redes e mantenedoras, previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estão fomentando o endividamento dos professores na contemporaneidade. Compreendemos as formações docentes dedicadas à implementação da BNCC como uma estratégia empresarial, cujo objetivo é difundir discursos calcados na lógica do empreendedorismo e da performatividade visando o “treinamento do professor” para o bom desempenho escolar dos alunos. Os aportes teóricos que sustentam a investigação emergem do pensamento de autores como Bauman, Gadelha, Veiga-Neto e Garcia. O material de pesquisa é constituído por um conjunto de notícias virtuais, extraídas via Google Alerta, entre os meses de março de 2018 a dezembro de 2019, que tratam da terceirização da formação docente à empresas de consultoria educativas privadas. Como estratégia analítica utilizamos a análise do discurso, na perspectiva foucaultiana. O escrutínio do material evidenciou que: o professor é culpabilizado pela qualidade da educação brasileira; há uma tendência em reforçar o sentimento de incapacidade docente pela sua própria formação; a terceirização da formação vem sendo delegada a empresas, consultorias educativas, o que corrobora para que o professor se veja endividado ao longo de sua carreira profissional.