Maria Eduarda Fruet Bussaglia, Monize Mendonça da Cruz, Giovana Wiezel, Thaís Adriano Luiz, Mariana F. Coura, E. L. F. D. Gomes
{"title":"USO DE PRECEDEX NA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA PEDIÁTRICA: REVISÃO SISTEMÁTICA","authors":"Maria Eduarda Fruet Bussaglia, Monize Mendonça da Cruz, Giovana Wiezel, Thaís Adriano Luiz, Mariana F. Coura, E. L. F. D. Gomes","doi":"10.5585/comamedvg.2022.29","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A ventilação não invasiva é utilizada em pacientes pediátricos em unidade de terapia intensiva por ser eficaz para o tratamento de insuficiência respiratória relacionada a doenças respiratórias. No entanto, há uma grande taxa de falha em decorrência da inquietação. Diante disso, a dexmedetomidina, agonista α2-adrenérgico, é utilizada como agente de sedação primário ou no período peri-extubação por apresentar melhores resultados na sedação em comparação com os demais sedativos. Os efeitos adversos mais frequentes descritos são hipotensão e bradicardia. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática de estudos observacionais em pacientes pediátricos durante a ventilação mecânica não invasiva fazendo uso de dexmedetomidina, bem como seu mecanismo de ação, benefícios, efeitos adversos e suas indicações. Métodos: Levantamento sistemático de artigos publicados na literatura, que consiste em uma lista de verificação contendo 27 itens e um fluxograma de quatro fases. Não foi limitado período ou ano, a fim de analisar criticamente os principais elementos relacionados à interação entre o medicamento dexmedetomidina, população pediátrica e o uso de ventilação mecânica não invasiva. Os critérios para seleção dos estudos incluíram a interação entre o medicamento dexmedetomidina e o uso de ventilação mecânica não invasiva na população pediátrica (0 a 18 anos). Resultados: O emprego da dexmedetomidina em pacientes pediátricos com ventilação não invasiva apresentou-se de forma positiva após a extubação por não causar depressão do sistema ventilatório e também uma eficácia significativa nos pacientes que apresentaram agitação durante a ventilação não invasiva. No entanto, o uso da dexmedetomidina como sedativo na ventilação não invasiva teve como efeitos adversos hemodinâmicos a bradicardia e hipertensão, além dos sinais de abstinência, os quais foram relatados após retirada da droga. Sendo assim, esse agonista do receptor alfa-2 tem sido utilizado como medicamento de escolha para sedação com ênfase em pacientes pediátricos devido à ausência de efeito depressor respiratório, a adequada ação sedativa e analgésica e por apresentar efeitos antiarrítmicos favoráveis. Conclusão: Os resultados dos estudos observacionais mostraram a dexmedetomidina de forma positiva em pacientes pediátricos com ventilação não invasiva após extubação, apesar de poder apresentar efeitos adversos como bradicardia e hipertensão. Palavras-chave: dexmedetomidina, ventilação não invasiva, criança, unidade de terapia intensiva.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.29","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A ventilação não invasiva é utilizada em pacientes pediátricos em unidade de terapia intensiva por ser eficaz para o tratamento de insuficiência respiratória relacionada a doenças respiratórias. No entanto, há uma grande taxa de falha em decorrência da inquietação. Diante disso, a dexmedetomidina, agonista α2-adrenérgico, é utilizada como agente de sedação primário ou no período peri-extubação por apresentar melhores resultados na sedação em comparação com os demais sedativos. Os efeitos adversos mais frequentes descritos são hipotensão e bradicardia. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática de estudos observacionais em pacientes pediátricos durante a ventilação mecânica não invasiva fazendo uso de dexmedetomidina, bem como seu mecanismo de ação, benefícios, efeitos adversos e suas indicações. Métodos: Levantamento sistemático de artigos publicados na literatura, que consiste em uma lista de verificação contendo 27 itens e um fluxograma de quatro fases. Não foi limitado período ou ano, a fim de analisar criticamente os principais elementos relacionados à interação entre o medicamento dexmedetomidina, população pediátrica e o uso de ventilação mecânica não invasiva. Os critérios para seleção dos estudos incluíram a interação entre o medicamento dexmedetomidina e o uso de ventilação mecânica não invasiva na população pediátrica (0 a 18 anos). Resultados: O emprego da dexmedetomidina em pacientes pediátricos com ventilação não invasiva apresentou-se de forma positiva após a extubação por não causar depressão do sistema ventilatório e também uma eficácia significativa nos pacientes que apresentaram agitação durante a ventilação não invasiva. No entanto, o uso da dexmedetomidina como sedativo na ventilação não invasiva teve como efeitos adversos hemodinâmicos a bradicardia e hipertensão, além dos sinais de abstinência, os quais foram relatados após retirada da droga. Sendo assim, esse agonista do receptor alfa-2 tem sido utilizado como medicamento de escolha para sedação com ênfase em pacientes pediátricos devido à ausência de efeito depressor respiratório, a adequada ação sedativa e analgésica e por apresentar efeitos antiarrítmicos favoráveis. Conclusão: Os resultados dos estudos observacionais mostraram a dexmedetomidina de forma positiva em pacientes pediátricos com ventilação não invasiva após extubação, apesar de poder apresentar efeitos adversos como bradicardia e hipertensão. Palavras-chave: dexmedetomidina, ventilação não invasiva, criança, unidade de terapia intensiva.