A política da memória constitucional

Reva B. Siegel
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Abstract

Aquelas que buscaram o direito ao voto para as mulheres reivindicaram liberdade e igualdade na família, baseadas em princípios sobre os quais o direito constitucional fora desenhado, mas não há nenhum traço de suas vozes ou reivindicações no direito constitucional. A Suprema Corte raramente menciona a décima nona emenda ao interpretar a Constituição. A Suprema Corte sequer menciona, em suas decisões, aquelas que lideraram a busca das mulheres por voz política ou os argumentos constitucionais que adotaram em apoio ao voto feminino, embora esses argumentos tenham sido propagados nos dois últimos séculos. Não existe um método de interpretação, que os ministros empreguem, de forma consistente, capaz de explicar esse silêncio normativo. Este artigo introduz o conceito de memória constitucional para explicar esse silêncio em nossa lei. Intérpretes constitucionais criam memórias constitucionais ao questionarem sobre o passado de forma que possam orientar decisões futuras. O papel da memória constitucional é legitimar o exercício da autoridade; mas a memória constitucional desempenha um papel especial na legitimação do exercício da autoridade quando a memória constitucional diverge sistematicamente da história constitucional. A divergência sistemática entre a memória constitucional e a história constitucional pode legitimar a autoridade, aparentando consentir com relações de status contestadas e destruindo o vernáculo da resistência. Embora as mulheres contestem sua falta de autoridade política na ordem constitucional ao longo de dois séculos, não há vestígios de seus argumentos no direito constitucional. Para ilustrar, o artigo examinará o longo debate do argumento sufragista, que começou antes das emendas da reconstrução e continuou evoluindo após a ratificação da décima nona emenda: que as mulheres precisavam do voto para democratizar a família. Dois séculos de argumentações constitucionais não são refletidos na jurisprudência da Suprema Corte dos Estados Unidos. Como consequência, as doutrinas constitucionais sobre liberdade e igualdade na família parecem não ter antecedentes históricos. Mas o argumento, dentro e fora dos tribunais, pode contrariar a política da memória constitucional. Ministros, independente de sua orientação, regularmente fazem alegações heterodoxas sobre o passado. Intérpretes constitucionais podem invocar as vozes dos desprivilegiados e as preocupações que os desafortunados trouxeram para a reconstrução democrática da América. Imagine como outras gerações poderiam entender nossa Constituição se assim o fizemos.
宪法记忆的政治
那些寻求妇女投票权的人要求家庭自由和平等,其基础是宪法所依据的原则,但在宪法中没有她们的声音或要求的痕迹。最高法院在解释宪法时很少提及第十九修正案。最高法院在其裁决中甚至没有提到那些推动妇女寻求政治发言权的人,也没有提到支持妇女投票的宪法论点,尽管这些论点在过去两个世纪中一直在传播。没有一种解释方法,部长们一直在使用,能够解释这种规范性的沉默。本文介绍了宪法记忆的概念,以解释我国法律中的这种沉默。宪法解释者通过质疑过去来创造宪法记忆,以便指导未来的决定。宪法记忆的作用是使权力的行使合法化;但是,当宪法记忆系统地偏离宪法历史时,宪法记忆在权力行使的合法性方面起着特殊的作用。宪法记忆和宪法历史之间的系统分歧可以使权威合法化,似乎同意有争议的地位关系,并摧毁抵抗的方言。尽管两个多世纪以来,妇女一直在质疑她们在宪法秩序中缺乏政治权威,但在宪法中却没有她们的论点的痕迹。为了说明这一点,本文将考察关于妇女参政论者论点的长期辩论,这场辩论始于重建修正案之前,并在第十九修正案批准后继续发展:妇女需要投票来使家庭民主化。两个世纪以来的宪法争论并没有反映在美国最高法院的判例中。因此,关于家庭自由和平等的宪法学说似乎没有历史先例。但法庭内外的争论可能与宪法记忆的政治相矛盾。部长们,无论他们的方向如何,经常对过去提出异端的指控。宪法诠释者可以唤起弱势群体的声音,以及弱势群体对美国民主重建的担忧。想象一下,如果我们这样做了,其他几代人会如何理解我们的宪法。
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