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Abstract
Este artigo analisa o processo de implementação de cotas para pessoas negras, com destaque para o que ocorreu na Universidade Federal de Mato Grosso, desde 2003 até 2020, especialmente o ano de 2012, quando a instituição se adequou a Lei de Cotas. Discutimos os principais embates com os defensores da meritocracia e da excelência universitária. Analisamos alguns debates basilares sobre racismo e reparação social no Brasil: breve histórico. Apresentamos alguns indicadores sociais e o quantitativo de distribuição das vagas por “ação afirmativa” na universidade até 2020 e algumas facetas do racismo acadêmico. A metodologia contou com análise bibliográfica, indicadores sociais e dados institucionais. Entendemos que as cotas para pessoas negras se constituem como uma das ferramentas no combate ao racismo estrutural, considerando as discriminações sofridas historicamente pela população negra no Brasil e que ainda há muito que se avançar, sobretudo, ampliando as cotas para a pós-graduação. Demos mais ênfase às interseccionalidades de raça e classe.