{"title":"NIETZSCHE E A ARTE COMO TERAPIA DA CULTURA. COMO OPOR RESISTÊNCIA, PARA A SUPERAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA","authors":"A. Feiler","doi":"10.15210/dissertatio.v54i.19391","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O pensamento de Nietzsche tem na afirmação a sua ênfase, para a qual as forças constituem o seu diferencial. As forças operam no sentido de estabelecer embates entre oposições e resistências, de modo que, quanto maiores forem as oposições impetradas, maiores as resistências empregadas. A única meta a alcançar é a de pontos sempre mais culminantes de potência, passando pelo enfrentamento do ar cortante das alturas, das caminhadas invernais, do gelo, dos cumes e de toda espécie de sublime maldade. Cada oposição vivida desencadeia uma resposta, que é a de resistência, gerando no organismo um quantum maior de força, tende em vista a sua superação. Assim, de superação em superação, se resiste aos limites que se apresentam em forma de mega acontecimentos a compor os diversos ciclos do retorno. Neste intercambiamento, marcado pela oposição e pela resistência, somente espécimes dotados de ímpeto e disposição fisiológica afirmativa serão capazes de superar, realizando a sua experiência de plenitude alegre e jovial. Estes espécimes, redentores da doença, concebem a filosofia como arte de cura, de modo que a vivência na solidão, para além de fuga da existência, consiste em antídoto promotor da grande saúde.","PeriodicalId":423467,"journal":{"name":"Revista Dissertatio de Filosofia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Dissertatio de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/dissertatio.v54i.19391","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O pensamento de Nietzsche tem na afirmação a sua ênfase, para a qual as forças constituem o seu diferencial. As forças operam no sentido de estabelecer embates entre oposições e resistências, de modo que, quanto maiores forem as oposições impetradas, maiores as resistências empregadas. A única meta a alcançar é a de pontos sempre mais culminantes de potência, passando pelo enfrentamento do ar cortante das alturas, das caminhadas invernais, do gelo, dos cumes e de toda espécie de sublime maldade. Cada oposição vivida desencadeia uma resposta, que é a de resistência, gerando no organismo um quantum maior de força, tende em vista a sua superação. Assim, de superação em superação, se resiste aos limites que se apresentam em forma de mega acontecimentos a compor os diversos ciclos do retorno. Neste intercambiamento, marcado pela oposição e pela resistência, somente espécimes dotados de ímpeto e disposição fisiológica afirmativa serão capazes de superar, realizando a sua experiência de plenitude alegre e jovial. Estes espécimes, redentores da doença, concebem a filosofia como arte de cura, de modo que a vivência na solidão, para além de fuga da existência, consiste em antídoto promotor da grande saúde.