Camila de Fatima Sant’Ana, Cláudia Ferreira da Silva Lirio
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Abstract
Muito se tem discutido nos meios acadêmicos a respeito da melhor ferramenta a ser utilizada para o processo de inclusão dos surdos nas instituições escolares e na sociedade. O processo de escolarização deve ser visto como uma etapa importante para o desenvolvimento do cidadão, no qual escolas regulares podem (ou não) favorecer a integração. O objetivo deste trabalho foi analisar a percepção de professores de ciências sobre a inclusão de pessoas surdas em escolas regulares. Além da análise de alguns documentos referentes à inclusão de pessoas com necessidades especiais em escolas regulares, a pesquisa também foi conduzida através da aplicação de questionários específicos a grupos de professores de ciências. 90,9% dos participantes da pesquisa consideram que a presença de um intérprete de Libras em sala de aula é insuficiente para assegurar a inclusão de pessoas surdas, tanto nas aulas de ciências, quanto na comunidade escolar. As únicas formas de comunicação realizadas por esses docentes com seus alunos não ouvintes foram leitura labial e intérprete de Libras. Não houve indicação ao uso de Libras por esses professores. Sobre a forma de comunicação utilizada em sala de aula, os participantes deixam pistas reforçando a questão da falta de uma formação mais adequada dos professores para lidarem com este público. Apesar de já existirem políticas inclusivas com papel importante neste contexto, exigindo a adaptação dos profissionais em vários aspectos, observa-se que este processo tem ocorrido de forma lenta, necessitando de maior envolvimento da comunidade escolar e da população. Porém a concepção dos participantes da pesquisa é de que, apesar de existirem muitos obstáculos, estes não se mostram indiferentes a tais circunstâncias, reconhecendo que o trabalho a ser realizado para superar estes entraves deve englobar toda uma sociedade.