Cláudia Terra do Nascimento Paz, Yara Waleria Lopes de Brito da Cruz
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Abstract
Este trabalho objetivou observar o antagonismo existencial de professores do ensino médio da rede estadual de um município de Minas Gerais, em relação à educação inclusiva. Foram observados professores, lotados em 5 escolas da rede estadual, em um período de 4 anos (2016 – 2019), a partir do contato direto em espaços escolares informais, já que a autora atuou nessas escolas, em diferentes períodos. A partir de observações e memórias, foi organizada uma matriz observacional, que gerou documentação e registros, sendo possível identificar um deslocamento do antagonismo dos professores em relação à inclusão escolar, que passou da completa resistência inicial, aos sentimentos de ansiedade e angústia. Pôde-se observar a empatia que os professores desenvolveram pelos alunos ao longo do tempo, o que corroborou ao desenvolvimento de sentimentos de angústia e de impotência. Em relação às expectativas docentes, as mesmas estão colocadas sob a necessidade de formação continuada. Assim, uma das opções para dirimir o antagonismo existencial dos professores é o fortalecimento da identidade e da formação docente, de forma a proporcionar suporte às práticas pedagógicas. Sem ter pretensão de ser conclusivo, observou-se que inclusão escolar não trata de cumprir legislação, mas de respeitar as particularidades dos sujeitos envolvidos no processo.