J. Marques, Marcello Apolônio Duailibe Barros, G. Lima, M. Santos, E. Pereira, Gustavo Moreno Alves Ribeiro, Roseane Santos Silva
{"title":"Relatório Bimestral de Transparências Fiscal do Maranhão: Ano 2022. v. 10 nº.1. – Recuperação Volátil e Perigosa","authors":"J. Marques, Marcello Apolônio Duailibe Barros, G. Lima, M. Santos, E. Pereira, Gustavo Moreno Alves Ribeiro, Roseane Santos Silva","doi":"10.47592/5bi202211","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O Relatório de Transparência Fiscal (RTF) do 5º bimestre de 2021 apresenta os resultados fiscais do Estado do Maranhão comparando\ncom relação ao ano anterior e ao orçado na Lei Orçamentária Anual – LOA e traz reflexões diante das incertezas e dos efeitos do panorama\nmacroeconômico presente pensando na perspectiva fiscal e socioeconômica do Estado do Maranhão e seus possíveis impactos na gestão\nfinanceira.\nNo certame macroeconômico internacional observa-se recuperação da atividade econômica global ao longo de 2021 com perspectivas\npositivas para 2022 num cenário que sinaliza um pós-pandemia otimista, as principais economias globais com sinais fortes de crescimento\ndo PIB e índice de comércio internacional em recuperação. Muito emobra, os preços internacionais das commodities continuem surfando em\num patamar perigoso, com baixo estoque do petróleo e elevação dos custos de produção, destadamente de energia, diante de uma demanda\ncrescente e já acima dos patamares pré-pandemia.\nNesse escopo o cenário internacional gera pressões substanciais nos mercados emergentes que dependem de produtos importados,\ntanto pelo viés do câmbio, via agravantes do nível de incerteza do pós-pandemia, como através dos preços dos insumos: combustíveis e\nlubrificantes e fertilizantes; bens de capital e duráveis e de serviços. No Brasil, o panorama não é diferente, e má condução da política\nmacroeconômica vem acelerando as pressões internacionais, ampliando o risco de default, mantendo elevada taxa de câmbio e elevando os\njuros nacionais – desenhando um panorama de redução do crescimento econômico potencial e de oneração futura para as contas públicas\nnacionais.\nNa perspectiva Estadual, os impactos macroeconômicos trazem inflação e consequente redução da renda do maranhense e as taxas de\njuros dificultam o investimento. A dependência do setor público dentro do Estado parece ser um aspecto positivo diante das baixas no mercado\nprivado, reduzindo o impacto da pandemia, muito embora, isso faça com que a retomada da atividade e do nível de emprego aos patamares\npré-pandemia sejam mais restritos.\nEm termos fiscais, há crescimento das receitas no país, impulsionado pelos tributos associados à importação e ao próprio processo\ninflacionário. Como consequência os repasses de Transferências Correntes aos Estados cresceram substancialmente, bem como os a\narrecadação estadual de ICMS. Este último, principal tributo do Maranhão, surfou não somente na onda da maior taxa de câmbio, como\ntambém, da valorização dos preços internacionais das commodities.\nQuando em comparação com a LOA 2021, as receitas realizadas no ano corrente vêm apresentando excesso de arrecadação\nsubstancial, sobretudo, em detrimento do crescimento do FPE e ICMS, que foram proporcionados por fenômenos exógenos não esperados\nna época de elaboração do Orçamento que considera informações até junho de 2020.\nContudo, apesar do crescimento das receitas e o excesso de arrecadação em relação ao orçamento de 2021, isso não implica que o\nMaranhão está com seus recursos sobrando. Os investimentos necessários ao combate da COVID-19 continuam elevados, bem como, os\ncustos operacionais decorrentes da ampliação da rede de atendimento da saúde pública. Ademais, há uma forte retomada das atividades\nparalisadas pela pandemia que voltam a tona à medida que o distanciamento social é amenizado pelo processo de vacinação, como por\nexemplo, os investimentos em infraestrutura e as obras públicas que estavam pendentes. Não obstante, o câmbio também penalizou pelo lado\nda dívida do Governo do Estado, mantendo extremamente oneroso o contrato de operação de crédito existente com o Bank of America.\nDiante desse panorama que será apresentado neste Relatório Bimestral de Transparência Fiscal do Maranhão, deve-se ficar atento que\no crescimento das receitas produziu um colchão substancial para execução das políticas públicas em 2021, contudo, os fundamentos desse\ncrescimento estão pautados em variáveis exógenas à gestão pública e fiscal do Maranhão: Inflação, câmbio e preço internacional das\ncommodities. Não obstante, as despesas continuam crescentes e deverão ter uma ampliação com o operacional da rede hospitalar e de outras\nobras que serão concluídas no território Estadual. Desta forma cabe ficar alerto às flutuações internacionais e suas decorrentes pressões que\npodem originar da estabilização dos preços internacionais e das taxas de câmbio e seus impactos nas receitas diante de um crescimento das\ndespesas públicas.","PeriodicalId":174772,"journal":{"name":"Relatório Bimestral de Transparências Fiscal do Maranhão","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Relatório Bimestral de Transparências Fiscal do Maranhão","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.47592/5bi202211","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O Relatório de Transparência Fiscal (RTF) do 5º bimestre de 2021 apresenta os resultados fiscais do Estado do Maranhão comparando
com relação ao ano anterior e ao orçado na Lei Orçamentária Anual – LOA e traz reflexões diante das incertezas e dos efeitos do panorama
macroeconômico presente pensando na perspectiva fiscal e socioeconômica do Estado do Maranhão e seus possíveis impactos na gestão
financeira.
No certame macroeconômico internacional observa-se recuperação da atividade econômica global ao longo de 2021 com perspectivas
positivas para 2022 num cenário que sinaliza um pós-pandemia otimista, as principais economias globais com sinais fortes de crescimento
do PIB e índice de comércio internacional em recuperação. Muito emobra, os preços internacionais das commodities continuem surfando em
um patamar perigoso, com baixo estoque do petróleo e elevação dos custos de produção, destadamente de energia, diante de uma demanda
crescente e já acima dos patamares pré-pandemia.
Nesse escopo o cenário internacional gera pressões substanciais nos mercados emergentes que dependem de produtos importados,
tanto pelo viés do câmbio, via agravantes do nível de incerteza do pós-pandemia, como através dos preços dos insumos: combustíveis e
lubrificantes e fertilizantes; bens de capital e duráveis e de serviços. No Brasil, o panorama não é diferente, e má condução da política
macroeconômica vem acelerando as pressões internacionais, ampliando o risco de default, mantendo elevada taxa de câmbio e elevando os
juros nacionais – desenhando um panorama de redução do crescimento econômico potencial e de oneração futura para as contas públicas
nacionais.
Na perspectiva Estadual, os impactos macroeconômicos trazem inflação e consequente redução da renda do maranhense e as taxas de
juros dificultam o investimento. A dependência do setor público dentro do Estado parece ser um aspecto positivo diante das baixas no mercado
privado, reduzindo o impacto da pandemia, muito embora, isso faça com que a retomada da atividade e do nível de emprego aos patamares
pré-pandemia sejam mais restritos.
Em termos fiscais, há crescimento das receitas no país, impulsionado pelos tributos associados à importação e ao próprio processo
inflacionário. Como consequência os repasses de Transferências Correntes aos Estados cresceram substancialmente, bem como os a
arrecadação estadual de ICMS. Este último, principal tributo do Maranhão, surfou não somente na onda da maior taxa de câmbio, como
também, da valorização dos preços internacionais das commodities.
Quando em comparação com a LOA 2021, as receitas realizadas no ano corrente vêm apresentando excesso de arrecadação
substancial, sobretudo, em detrimento do crescimento do FPE e ICMS, que foram proporcionados por fenômenos exógenos não esperados
na época de elaboração do Orçamento que considera informações até junho de 2020.
Contudo, apesar do crescimento das receitas e o excesso de arrecadação em relação ao orçamento de 2021, isso não implica que o
Maranhão está com seus recursos sobrando. Os investimentos necessários ao combate da COVID-19 continuam elevados, bem como, os
custos operacionais decorrentes da ampliação da rede de atendimento da saúde pública. Ademais, há uma forte retomada das atividades
paralisadas pela pandemia que voltam a tona à medida que o distanciamento social é amenizado pelo processo de vacinação, como por
exemplo, os investimentos em infraestrutura e as obras públicas que estavam pendentes. Não obstante, o câmbio também penalizou pelo lado
da dívida do Governo do Estado, mantendo extremamente oneroso o contrato de operação de crédito existente com o Bank of America.
Diante desse panorama que será apresentado neste Relatório Bimestral de Transparência Fiscal do Maranhão, deve-se ficar atento que
o crescimento das receitas produziu um colchão substancial para execução das políticas públicas em 2021, contudo, os fundamentos desse
crescimento estão pautados em variáveis exógenas à gestão pública e fiscal do Maranhão: Inflação, câmbio e preço internacional das
commodities. Não obstante, as despesas continuam crescentes e deverão ter uma ampliação com o operacional da rede hospitalar e de outras
obras que serão concluídas no território Estadual. Desta forma cabe ficar alerto às flutuações internacionais e suas decorrentes pressões que
podem originar da estabilização dos preços internacionais e das taxas de câmbio e seus impactos nas receitas diante de um crescimento das
despesas públicas.
财政透明度的报告(RTF) 5ºbimestre 2021显示了结果comparandocom的马拉尼昂州去年的财政年度预算和预算法律—贷款把目标的不确定性和panoramamacroeconômico这个思维的影响在马拉尼昂州财政和经济和金融的影响。在国际宏观经济活动中,2021年全球经济活动复苏,2022年前景乐观,大流行后形势乐观,全球主要经济体gdp增长强劲,国际贸易指数复苏。国际大宗商品价格继续在危险的水平上冲浪,石油库存低,生产成本上升,特别是能源成本上升,面对日益增长的需求,已经超过了流行病前的水平。在这方面,国际形势给依赖进口产品的新兴市场带来了巨大压力,这既是由于汇率偏见,又由于流行病后的不确定性加剧,也是由于燃料和化肥等投入的价格;资本品、耐用品和服务。在巴西,没有什么不同的景观,有坏的políticamacroeconômica加速的国际压力,加强违约的风险,保持和提高国内利率—汇率高画一个相应的减少经济增长的潜力和未来的累赘públicasnacionais账户。从国家的角度来看,宏观经济影响带来了通货膨胀,从而减少了maranhao的收入,利率阻碍了投资。面对私营市场的下降,国家内部对公共部门的依赖似乎是一个积极的方面,减少了大流行的影响,尽管这意味着在大流行时期恢复活动和就业水平受到更严格的限制。在财政方面,由于与进口相关的税收和通货膨胀过程本身,该国的收入有所增长。因此,对各州的经常性转移大幅增加,ICMS的州重新登记也大幅增加。后者是maranhao的主要贡品,不仅在较高汇率的浪潮中冲浪,而且在国际商品价格升值的浪潮中冲浪。相比,贷款2021,当收入等同于今年来介绍arrecadaçãosubstancial太多了,最重要的是,所有的FPE增长和提供培训,由外部现象不esperadosna预算,认为信息时代到2020年6月。然而,尽管与2021年预算相比,收入增长和收入过剩,但这并不意味着maranhao有剩余资源。抗击COVID-19所需的投资仍然很高,扩大公共卫生保健网络的运营成本也很高。此外,由于疫苗接种过程缓解了社会距离,如未完成的基础设施投资和公共工程,大流行带来的活动也有了强劲的恢复。然而,该交易所也惩罚了州政府的债务,使与美国银行(Bank of America)现有的信贷交易合同极其繁重。双月刊之前看到的将会提交报告的财政透明度的马拉尼昂,你应该小心的收入增长产生实质性的床垫在2021年实现公共政策的基础,然而,dessecrescimento外生变量上的引导在公共管理和财政的马拉尼昂dascommodities国际:通货膨胀、汇率和价格。尽管如此,费用仍在增加,并将随着医院网络的运作和将在州内完成的其他工程而扩大。因此,有必要警惕国际波动及其可能产生的压力,这些压力可能来自国际价格和汇率的稳定,以及它们对收入的影响,以应对公共支出的增长。