{"title":"Educação e diferenças étnico-raciais na revista Em Aberto","authors":"Iara Tatiana Bonin, Daniela Ripoll","doi":"10.24109/2176-6673.emaberto.35i113.5158","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O campo teórico dos Estudos Culturais em Educação fundamenta os dois eixos de análise das diferenças étnico-raciais presentes no conjunto de artigos publicados na revista Em Aberto entre 1981 e 2021. Quanto às representações racializadas, observa-se a problematização de estereótipos que naturalizam a branquitude como representação da espécie humana, por exemplo, na literatura e nos livros didáticos. Entretanto, no início do século 21, surge uma literatura afro-brasileira que favorece a “educação para as relações étnico-raciais” na luta antirracista. Além disso, descrições etnográficas do contexto educativo e social de comunidades quilombolas focalizam a participação das crianças no cotidiano dessa sociedade, na qual também se gestam pertenças étnico-raciais. Quanto à situação dos povos indígenas, apesar de as reivindicações por oferta de educação escolar específica e com professores das próprias comunidades estarem inseridas no campo legislativo, persistem os desafios ligados à questão orçamentária e às ameaças aos direitos alcançados na Constituição Federal. Por isso, as discussões precisam prosseguir, incorporando movimentos e sujeitos indígenas.","PeriodicalId":273549,"journal":{"name":"Em Aberto","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Em Aberto","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24109/2176-6673.emaberto.35i113.5158","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O campo teórico dos Estudos Culturais em Educação fundamenta os dois eixos de análise das diferenças étnico-raciais presentes no conjunto de artigos publicados na revista Em Aberto entre 1981 e 2021. Quanto às representações racializadas, observa-se a problematização de estereótipos que naturalizam a branquitude como representação da espécie humana, por exemplo, na literatura e nos livros didáticos. Entretanto, no início do século 21, surge uma literatura afro-brasileira que favorece a “educação para as relações étnico-raciais” na luta antirracista. Além disso, descrições etnográficas do contexto educativo e social de comunidades quilombolas focalizam a participação das crianças no cotidiano dessa sociedade, na qual também se gestam pertenças étnico-raciais. Quanto à situação dos povos indígenas, apesar de as reivindicações por oferta de educação escolar específica e com professores das próprias comunidades estarem inseridas no campo legislativo, persistem os desafios ligados à questão orçamentária e às ameaças aos direitos alcançados na Constituição Federal. Por isso, as discussões precisam prosseguir, incorporando movimentos e sujeitos indígenas.