Conhecimento científico como instrumento para a promoção de transformações sociais e jurídicas

A. Freire
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Com uma política editorial livre e multidisciplinar, a metodologia contribui para a seleção de pesquisas que abordam problemáticas contemporâneas, cujos resultados podem ser utilizados para o aprimoramento dos sistemas jurídicos, sociais e institucionais pátrios.Em reforço ao caráter plural e à diversidade temática, a presente revista científica – apoiada pela Universidade Nove de Julho – lança mais doze artigos inéditos, com enfoque para temáticas sociais, culturais e jurídicos de elevada complexidade, estudados a partir de metodologias rigorosas.Temas atuais em discussão no Supremo Tribunal Federal, tais como a violência policial e a proteção de dados pessoais; questões relacionadas à defesa das mulheres, dos idosos, dos indígenas e dos refugiados; relações de novas tecnologias com direitos fundamentais; bem como abordagens que tratam do estado democrático de direito e da ética jurídica. Esses são os eixos temáticos desenvolvidos nos artigos da revista.O periódico se inicia com o relevante e contemporâneo artigo “Violência policial, racismo estrutural e os limites do estado democrático de direito”, dos autores Sandra Suely Moreira, Lurine Guimarães e Ludmylla Bezerra Correa, que discute os fatores sociais e jurídicos relacionados aos homicídios de pessoas negras praticados por forças policiais. A pesquisa possui relação direta com processos em tramitação no Supremo Tribunal Federal, notadamente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635 – que foi objeto da Audiência pública nº 32  e aprecia a redução da letalidade policial e do controle de violações de direitos humanos pelas forças de segurança públicas – e o recente Tema 1.237 do STF (ARE 1.385.315), cuja repercussão feral foi reconhecida em outubro de 2022 para discutir a “Responsabilidade estatal por morte de vítima de disparo de arma de fogo durante operações policiais ou militares em comunidade, em razão da perícia que determina a origem do disparo ser inconclusiva”.Na sequência, os autores Dennis Verbicaro e Luiza Nobre Maziviero analisam a situação de vulnerabilidade dos consumidores digitais – agravada durante a pandemia de Covid-19 – e os desafios para se dar efetividade à proteção legal de dados pessoais e informações sensíveis, em trabalho intitulado “A privacidade do consumidor digital escancarada pelos portais de notícias: como a permissão involuntária ao acesso de dados pessoais desafia a eficácia da lei geral de proteção de dados”.Esse contexto de proteção aos dados pessoais também abordado pelos pesquisadores Pedro Henrique Hermes e Rogério Gesta Leal, no artigo “Considerações sobre o dever estatal de tutela ao direito fundamental de proteção aos dados pessoais”, em que se investigou a dimensão objetiva e constitucional de tal direito, a ensejar um dever estatal de tutela.O inovador método da advocacia colaborativa foi objeto da pesquisa “A ética jurídica na advocacia colaborativa: uma discussão a partir das ondas de ética jurídica”, na qual o autor Robert Lee Segal discute as relações éticas envolvidas nesse modelo alternativo de composição de interesses, ou de resolução de disputas, como meio de amplificação do acesso à Justiça.No quinto artigo, a problemática da violência doméstica – abordada em trabalho na edição anterior dessa revista – foi apreciada sob o olhar pragmático e visionário das autoras Isadora Hörbe Neves da Fontoura e Suzéte da Silva Reis, que apontaram a necessidade de se resguardar direitos e garantias trabalhistas às mulheres vítimas de agressões em seus ambientes familiares.Assim como em outras edições recentes, as relações entre Direito e tecnologia seguem representadas no periódico. No artigo “Nanotecnologia e medicamentos: a necessidade de uma regulamentação jurídica brasileira para a proteção do direito fundamental à saúde”, Versalhes Enos Nunes Ferreira e Vanessa Rocha Ferreira ressaltam a inexistência de um marco regulatório que auxilie as agências de saúde na identificação da eficácia e da segurança de nanofármacos, o que pode colaborar para um consumo com potencial grau de toxicidade resultante de suas interações com sistemas biológicos.Ainda no escopo tecnológico, Simone de Sá Rosa Figueirêdo e Elton Gomes Reis retomam o assunto fake news em ambientes virtuais – abordado na edição anterior e que permanece atual, em especial diante da proliferação de atos antidemocráticos no período posterior às eleições gerais – para analisar os denominados “cibercrimes” e as ações de desinformação na Rede no Brasil, em texto nominado “Poder e norma no ciberespaço”.Tema relacionado aos povos indígenas foi abordado em “Justiça restaurativa indígena: uma janela da jusdiversidade?”, em que as pesquisadoras Luana Rodrigues Meneses de Sá e Andréa Flores discorrem sobre o desenvolvimento de mecanismos próprios da comunidade indígena com a justiça restaurativa, enquanto uma forma de propiciar a harmonia entre o sistema de justiça estatal e indígena.Em continuação, a revista apresenta artigo que suscita uma reflexão crítica sobre o processo de revisão judicial de leis, em que os autores André Peixoto de Souza e Jéssica Kaczmarek Marçal Ribeiro da Fonseca defendem a compatibilidade desse método com o princípio democrático, no texto “Revisão judicial das leis: compatibilidade com o estado democrático de direito e supremacia da constituição e dos direitos fundamentais”.A partir de um olhar empírico, Alan Faria Andrade Silva e Regina Vera Villas Bôas – em “Caritas de São Paulo e seu auxílio na efetividade dos direitos dos refugiados” – analisam dados e informações sobre a atuação da entidade católica na efetivação do direito ao refúgio, a partir das normas jurídicas previstas na Lei nº 9.474/95.No trabalho “Tratado de Marraqueche de acessibilidade a obras literárias às pessoas com deficiências visuais: a responsabilidade do mercado editorial na efetividade dos direitos da personalidade”, a autora Daniela Menengoti Gonçalves Ribeiro reforça o status constitucional das normas de inclusão literária e artística às pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades de leitura, por meio da promoção de livros em formatos alternativos e de áudio, sob a responsabilidade do mercado editorial.Por fim, outra temática social igualmente relevante é a apreciada por Cleber Sanfelici Otero e Patrícia de Paula Pereira Inês na pesquisa “De descendentes para ascendentes: o direito dos idosos a alimentos e a responsabilidade solidária dos familiares”. Para os autores, em ação de alimentos promovida por pessoa idosa, a legitimidade dos descendentes é solidária, com a extensão da responsabilidade alimentar entre os graus de parentesco, consoante o art. 12 do Estatuto da Pessoa Idosa.Os doze artigos acima descritos foram selecionados dentre uma relação de sessenta e cinco submissões, e representam produções científicas originadas do Centro Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, com participação de autores em diversos graus de titulação, desde bacharelato a pós-doutorado, e vinculados a mais de uma dezena de instituições do país.Ao encerrar este ciclo do ano de 2022 com o segundo número do décimo primeiro volume, a equipe editorial da Revista Thesis Juris agradece a cada um dos autores por suas contribuições à promoção e à difusão da ciência brasileira, bem como aos pareceristas, professores e colaboradores que atuaram nos fluxos editoriais da revista, em trabalhos árduos de elevada qualidade técnica.Mais do que uma boa leitura, o meu desejo é que os artigos da revista contribuam para promover efetivas transformações no bojo da sociedade! Professor Doutor Alexandre FreireEditor-Chefe da Revista Thesis Juris","PeriodicalId":425034,"journal":{"name":"Revista Thesis Juris","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Thesis Juris","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5585/rtj.v11i2.23283","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

Com mais esta edição, a Revista Thesis Juris avança para se consolidar como um espaço acadêmico de promoção de conhecimento jurídico útil e relevante para a sociedade. Com uma política editorial livre e multidisciplinar, a metodologia contribui para a seleção de pesquisas que abordam problemáticas contemporâneas, cujos resultados podem ser utilizados para o aprimoramento dos sistemas jurídicos, sociais e institucionais pátrios.Em reforço ao caráter plural e à diversidade temática, a presente revista científica – apoiada pela Universidade Nove de Julho – lança mais doze artigos inéditos, com enfoque para temáticas sociais, culturais e jurídicos de elevada complexidade, estudados a partir de metodologias rigorosas.Temas atuais em discussão no Supremo Tribunal Federal, tais como a violência policial e a proteção de dados pessoais; questões relacionadas à defesa das mulheres, dos idosos, dos indígenas e dos refugiados; relações de novas tecnologias com direitos fundamentais; bem como abordagens que tratam do estado democrático de direito e da ética jurídica. Esses são os eixos temáticos desenvolvidos nos artigos da revista.O periódico se inicia com o relevante e contemporâneo artigo “Violência policial, racismo estrutural e os limites do estado democrático de direito”, dos autores Sandra Suely Moreira, Lurine Guimarães e Ludmylla Bezerra Correa, que discute os fatores sociais e jurídicos relacionados aos homicídios de pessoas negras praticados por forças policiais. A pesquisa possui relação direta com processos em tramitação no Supremo Tribunal Federal, notadamente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635 – que foi objeto da Audiência pública nº 32  e aprecia a redução da letalidade policial e do controle de violações de direitos humanos pelas forças de segurança públicas – e o recente Tema 1.237 do STF (ARE 1.385.315), cuja repercussão feral foi reconhecida em outubro de 2022 para discutir a “Responsabilidade estatal por morte de vítima de disparo de arma de fogo durante operações policiais ou militares em comunidade, em razão da perícia que determina a origem do disparo ser inconclusiva”.Na sequência, os autores Dennis Verbicaro e Luiza Nobre Maziviero analisam a situação de vulnerabilidade dos consumidores digitais – agravada durante a pandemia de Covid-19 – e os desafios para se dar efetividade à proteção legal de dados pessoais e informações sensíveis, em trabalho intitulado “A privacidade do consumidor digital escancarada pelos portais de notícias: como a permissão involuntária ao acesso de dados pessoais desafia a eficácia da lei geral de proteção de dados”.Esse contexto de proteção aos dados pessoais também abordado pelos pesquisadores Pedro Henrique Hermes e Rogério Gesta Leal, no artigo “Considerações sobre o dever estatal de tutela ao direito fundamental de proteção aos dados pessoais”, em que se investigou a dimensão objetiva e constitucional de tal direito, a ensejar um dever estatal de tutela.O inovador método da advocacia colaborativa foi objeto da pesquisa “A ética jurídica na advocacia colaborativa: uma discussão a partir das ondas de ética jurídica”, na qual o autor Robert Lee Segal discute as relações éticas envolvidas nesse modelo alternativo de composição de interesses, ou de resolução de disputas, como meio de amplificação do acesso à Justiça.No quinto artigo, a problemática da violência doméstica – abordada em trabalho na edição anterior dessa revista – foi apreciada sob o olhar pragmático e visionário das autoras Isadora Hörbe Neves da Fontoura e Suzéte da Silva Reis, que apontaram a necessidade de se resguardar direitos e garantias trabalhistas às mulheres vítimas de agressões em seus ambientes familiares.Assim como em outras edições recentes, as relações entre Direito e tecnologia seguem representadas no periódico. No artigo “Nanotecnologia e medicamentos: a necessidade de uma regulamentação jurídica brasileira para a proteção do direito fundamental à saúde”, Versalhes Enos Nunes Ferreira e Vanessa Rocha Ferreira ressaltam a inexistência de um marco regulatório que auxilie as agências de saúde na identificação da eficácia e da segurança de nanofármacos, o que pode colaborar para um consumo com potencial grau de toxicidade resultante de suas interações com sistemas biológicos.Ainda no escopo tecnológico, Simone de Sá Rosa Figueirêdo e Elton Gomes Reis retomam o assunto fake news em ambientes virtuais – abordado na edição anterior e que permanece atual, em especial diante da proliferação de atos antidemocráticos no período posterior às eleições gerais – para analisar os denominados “cibercrimes” e as ações de desinformação na Rede no Brasil, em texto nominado “Poder e norma no ciberespaço”.Tema relacionado aos povos indígenas foi abordado em “Justiça restaurativa indígena: uma janela da jusdiversidade?”, em que as pesquisadoras Luana Rodrigues Meneses de Sá e Andréa Flores discorrem sobre o desenvolvimento de mecanismos próprios da comunidade indígena com a justiça restaurativa, enquanto uma forma de propiciar a harmonia entre o sistema de justiça estatal e indígena.Em continuação, a revista apresenta artigo que suscita uma reflexão crítica sobre o processo de revisão judicial de leis, em que os autores André Peixoto de Souza e Jéssica Kaczmarek Marçal Ribeiro da Fonseca defendem a compatibilidade desse método com o princípio democrático, no texto “Revisão judicial das leis: compatibilidade com o estado democrático de direito e supremacia da constituição e dos direitos fundamentais”.A partir de um olhar empírico, Alan Faria Andrade Silva e Regina Vera Villas Bôas – em “Caritas de São Paulo e seu auxílio na efetividade dos direitos dos refugiados” – analisam dados e informações sobre a atuação da entidade católica na efetivação do direito ao refúgio, a partir das normas jurídicas previstas na Lei nº 9.474/95.No trabalho “Tratado de Marraqueche de acessibilidade a obras literárias às pessoas com deficiências visuais: a responsabilidade do mercado editorial na efetividade dos direitos da personalidade”, a autora Daniela Menengoti Gonçalves Ribeiro reforça o status constitucional das normas de inclusão literária e artística às pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades de leitura, por meio da promoção de livros em formatos alternativos e de áudio, sob a responsabilidade do mercado editorial.Por fim, outra temática social igualmente relevante é a apreciada por Cleber Sanfelici Otero e Patrícia de Paula Pereira Inês na pesquisa “De descendentes para ascendentes: o direito dos idosos a alimentos e a responsabilidade solidária dos familiares”. Para os autores, em ação de alimentos promovida por pessoa idosa, a legitimidade dos descendentes é solidária, com a extensão da responsabilidade alimentar entre os graus de parentesco, consoante o art. 12 do Estatuto da Pessoa Idosa.Os doze artigos acima descritos foram selecionados dentre uma relação de sessenta e cinco submissões, e representam produções científicas originadas do Centro Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, com participação de autores em diversos graus de titulação, desde bacharelato a pós-doutorado, e vinculados a mais de uma dezena de instituições do país.Ao encerrar este ciclo do ano de 2022 com o segundo número do décimo primeiro volume, a equipe editorial da Revista Thesis Juris agradece a cada um dos autores por suas contribuições à promoção e à difusão da ciência brasileira, bem como aos pareceristas, professores e colaboradores que atuaram nos fluxos editoriais da revista, em trabalhos árduos de elevada qualidade técnica.Mais do que uma boa leitura, o meu desejo é que os artigos da revista contribuam para promover efetivas transformações no bojo da sociedade! Professor Doutor Alexandre FreireEditor-Chefe da Revista Thesis Juris
科学知识作为促进社会和法律变革的工具
“土著恢复性司法:正义多样性的窗口?”研究人员Luana Rodrigues Meneses de sa和andrea Flores讨论了土著社区自身机制的发展与恢复性司法,作为一种促进国家和土著司法系统之间和谐的方式。在延续,杂志介绍文章,提出了一个批判性反思的过程的法律,司法审查的作者安德鲁Peixoto de Souza,洁西卡Kaczmarek河··所兼容的方法和文本中的民主原则,“司法审查的法律:兼容性和法律至上的民主国家的宪法和基本权利”。从经验看,艾伦会Andrade席尔瓦和小蕾维拉别墅Bôas—在“明圣保罗和援助的难民权利效用”—将数据和信息的性能对于天主教徒在实现实体权利保护的法律规定,法律没有9474/95º。在《关于视障人士无障碍阅读文学作品的马拉喀什条约》中:责任编辑市场效用的人格权利”,作者丹妮拉Menengoti冈·加强文艺范式的宪法地位的包容,盲人视觉残疾或其他困难的阅读,通过促进替代书的格式和音频,在出版市场的责任。最后,另一个同样相关的社会主题是Cleber Sanfelici Otero和patricia de Paula Pereira ines在“从后代到后代:老年人的食物权和家庭成员的团结责任”研究中所欣赏的。对于作者来说,在老年人促进的食物行动中,后代的合法性是团结的,根据第2条,亲属关系等级之间的食物责任的程度。《老年人条例》第12条。上述12篇文章中选择了一个六十五年提交的关系,也体现了科学的产品从中西部和南、北、东南,东北,与作者的参与各种滴定度从学士到博士学位,与十几个国家的机构。关闭循环的2022年十届第一卷和第二个数字,论文法学杂志的编辑团队感谢每一个作者的贡献促进和传播科学的巴西pareceristas老师和同事的它们流杂志的编辑,在努力工作的高质量的技术。不仅仅是一本好书,我希望杂志上的文章能促进社会的有效变革!亚历山大·弗莱雷教授,《法学论文》杂志主编
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