{"title":"O modelo de secularismo português: análise dos padrões democráticos de relação Estado-religião(ões) no Portugal pós-25 de Abril","authors":"Jorge Botelho Moniz","doi":"10.22409/REP.V8I16.39838","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo visa a observar as distintas dimensões e os vários contornos do secularismo hodierno. Através de uma análise descritiva, que tem como marco teórico os múltiplos secularismos e as análises sensíveis ao contexto, examinam-se as relações entre o Estado português e as igrejas e comunidades religiosas, no período pós-1974. Ao analisarmos o seu padrão democrático de relação Estado-religião, nomeadamente através do exame dos mecanismos de apoio financeiro estabelecidos, procuramos entender em qual dos atuais modelos de secularismo Portugal se enquadra. O fato de este ser um caso de estudo complexo, onde persiste um padrão de separação com cooperação entre Estado e religião e, por consequência, um espírito de diálogo, negociação e de permanentes (re)definições do espaço público e simbólico de ambos, com particular relevo para uma organização religiosa, permite compreender o quão ambíguas e plásticas podem ser as fronteiras do secularismo moderno.","PeriodicalId":282442,"journal":{"name":"Revista Estudos Políticos","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-12-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Estudos Políticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/REP.V8I16.39838","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo visa a observar as distintas dimensões e os vários contornos do secularismo hodierno. Através de uma análise descritiva, que tem como marco teórico os múltiplos secularismos e as análises sensíveis ao contexto, examinam-se as relações entre o Estado português e as igrejas e comunidades religiosas, no período pós-1974. Ao analisarmos o seu padrão democrático de relação Estado-religião, nomeadamente através do exame dos mecanismos de apoio financeiro estabelecidos, procuramos entender em qual dos atuais modelos de secularismo Portugal se enquadra. O fato de este ser um caso de estudo complexo, onde persiste um padrão de separação com cooperação entre Estado e religião e, por consequência, um espírito de diálogo, negociação e de permanentes (re)definições do espaço público e simbólico de ambos, com particular relevo para uma organização religiosa, permite compreender o quão ambíguas e plásticas podem ser as fronteiras do secularismo moderno.