{"title":"Para além do signo “saussuriano”","authors":"M. Lery-Lachaume","doi":"10.20396/CEL.V61I1.8653668","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Trata-se de examinar em que medida a descoberta de um “outro Saussure” permite também reatualizar a recepção/circulação dos conceitos fundamentais da linguística moderna, focando-se na noção flutuante e enigmática de signo de Jacques Lacan no início dos anos 1970. Enquanto Lacan, nesse período, parece romper tanto com os paradigmas tradicionais da linguística estruturalista, quanto com o conceito (pós-)saussuriano de signo, a hipótese proposta nesse trabalho é que a psicanálise nunca se encontrou tão íntima da conceituação (proto-)saussuriana do signo. Entre rabiscos, riscas e risco teórico, propõe-se ler o Lacan da ‘‘Linguisteria’’ junto com o Saussure dos Manuscritos. Deste modo, e para além dos comentários já realizados sobre a retomada-subversão lacaniana da dupla significante/significado, tenta-se destacar uma noção de signo dividida e viva, resistente aos binarismos congelados por uma leitura do Curso de Linguística Geral ignorante da sua gênese inquieta.","PeriodicalId":254871,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/CEL.V61I1.8653668","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Trata-se de examinar em que medida a descoberta de um “outro Saussure” permite também reatualizar a recepção/circulação dos conceitos fundamentais da linguística moderna, focando-se na noção flutuante e enigmática de signo de Jacques Lacan no início dos anos 1970. Enquanto Lacan, nesse período, parece romper tanto com os paradigmas tradicionais da linguística estruturalista, quanto com o conceito (pós-)saussuriano de signo, a hipótese proposta nesse trabalho é que a psicanálise nunca se encontrou tão íntima da conceituação (proto-)saussuriana do signo. Entre rabiscos, riscas e risco teórico, propõe-se ler o Lacan da ‘‘Linguisteria’’ junto com o Saussure dos Manuscritos. Deste modo, e para além dos comentários já realizados sobre a retomada-subversão lacaniana da dupla significante/significado, tenta-se destacar uma noção de signo dividida e viva, resistente aos binarismos congelados por uma leitura do Curso de Linguística Geral ignorante da sua gênese inquieta.