{"title":"Materialidades discriminatórias: racismo concretizado no cotidiano","authors":"Rafael De Abreu e Souza","doi":"10.15210/tes.v9i1.19123","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Busco, neste artigo, dar contribuições arqueológicas ao debate sobre o racismo no Brasil, focando na potência de materialidades discriminatórias que atuam no seio estrutural e sistêmico do racismo à brasileira e, portanto, na manutenção de privilégios materiais à branquitude. Materialidades discriminatórias são marcas físicas de opressão que estabelecem normas de exclusão e perpetuam o privilégio branco. São tecnologias culpadas e responsáveis pelo racismo como fim coletivo. Argumento que arqueologias antirracistas devem expor e problematizar discursos materiais que normalizam relações sociais racistas no cotidiano através de corpos, objetos e espaços. Dou sugestões de como a branquitude-arqueológica pode se juntar à luta antirracista da negritude-arqueológica usando seus privilégios e suas posições de poder na prática da disciplina e na construção de suas narrativas e escolha de temas, atentos a lugares de fala, representatividades e falsas empatias.","PeriodicalId":382766,"journal":{"name":"Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tessituras: Revista de Antropologia e Arqueologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/tes.v9i1.19123","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Busco, neste artigo, dar contribuições arqueológicas ao debate sobre o racismo no Brasil, focando na potência de materialidades discriminatórias que atuam no seio estrutural e sistêmico do racismo à brasileira e, portanto, na manutenção de privilégios materiais à branquitude. Materialidades discriminatórias são marcas físicas de opressão que estabelecem normas de exclusão e perpetuam o privilégio branco. São tecnologias culpadas e responsáveis pelo racismo como fim coletivo. Argumento que arqueologias antirracistas devem expor e problematizar discursos materiais que normalizam relações sociais racistas no cotidiano através de corpos, objetos e espaços. Dou sugestões de como a branquitude-arqueológica pode se juntar à luta antirracista da negritude-arqueológica usando seus privilégios e suas posições de poder na prática da disciplina e na construção de suas narrativas e escolha de temas, atentos a lugares de fala, representatividades e falsas empatias.