{"title":"FRITZ ALT, O CRÂNIO E A MÁSCARA: INDAGAÇÕES SOBRE O RETRATO.","authors":"Kethlen Kohl","doi":"10.33871/23580437.2022.9.1.120-133","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo propõe a reflexão sobre o conceito de retrato, partindo da obra “A vida e a morte” do escultor Fritz Alt. A escultura divide uma cabeça em duas partes: o crânio e a máscara - dois temas magnéticos para pensar a questão do retrato. O debate sobre a máscara se baseia nas máscaras funerárias e a tentativa de salvar as características do morto de maneira fiel. A ideia de que para uma cabeça ser considerada um retrato, é necessário a parecença da imagem com o rosto do modelo, é colocada em xeque, em ampla discussão sobre essa noção de retrato, cunhada por diversos historiadores da arte. Essas narrativas encontram-se na tentativa de responder se a obra “A vida e a morte” pode ser considerada retrato ou autorretrato do artista. O crânio se mostra um elemento indispensável em meio a todos esses questionamentos, abrindo outra perspectiva para pensarmos no que é o retrato, aquela que se baseia em uma antropologia da imagem e não na noção do retrato unicamente como um gênero das belas-artes.","PeriodicalId":286156,"journal":{"name":"Revista Interdisciplinar Internacional de Artes Visuais","volume":"85 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Interdisciplinar Internacional de Artes Visuais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33871/23580437.2022.9.1.120-133","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo propõe a reflexão sobre o conceito de retrato, partindo da obra “A vida e a morte” do escultor Fritz Alt. A escultura divide uma cabeça em duas partes: o crânio e a máscara - dois temas magnéticos para pensar a questão do retrato. O debate sobre a máscara se baseia nas máscaras funerárias e a tentativa de salvar as características do morto de maneira fiel. A ideia de que para uma cabeça ser considerada um retrato, é necessário a parecença da imagem com o rosto do modelo, é colocada em xeque, em ampla discussão sobre essa noção de retrato, cunhada por diversos historiadores da arte. Essas narrativas encontram-se na tentativa de responder se a obra “A vida e a morte” pode ser considerada retrato ou autorretrato do artista. O crânio se mostra um elemento indispensável em meio a todos esses questionamentos, abrindo outra perspectiva para pensarmos no que é o retrato, aquela que se baseia em uma antropologia da imagem e não na noção do retrato unicamente como um gênero das belas-artes.