A. Mello, Â. A. Bersch, Camila Borges Ribeiro, R. Martins
{"title":"DA INSERÇÃO À LEGITIMAÇÃO:","authors":"A. Mello, Â. A. Bersch, Camila Borges Ribeiro, R. Martins","doi":"10.14295/rds.v23i1.13907","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A Educação Infantil foi reconhecida como a primeira etapa da Educação Básica pela LDB, que tem como objetivo principal o desenvolvimento integral das crianças. Atualmente, a Educação Infantil vem passando por um processo de expansão e consolidação, no Brasil, que é decorrente, principalmente, da Emenda Constitucional nº 59∕2009, que tornou obrigatória a matrícula e a frequência de crianças de quatro e cincos anos de idade, em instituições formais de ensino, em todo o território nacional. \nEsses processos de expansão e institucionalização, da primeira etapa da Educação Básica, vêm acompanhados de preocupações pedagógicas acerca da organização e operacionalização do trabalho educativo com as crianças. Por esse ângulo, as práticas pedagógicas precisam conciliar as dimensões do cuidar e do educar e promover uma dinâmica curricular resultante de experiências que não fragmentem o conhecimento, respeitando, sobretudo, a bagagem histórica e social que as crianças carregam consigo. \nÉ nesse cenário que vimos percebendo a inserção de professores de Educação Física na Educação Infantil. Com a intenção de debater acerca das contribuições específicas que as práticas corporais assumem, na constituição curricular da Educação Infantil, por meio da mediação pedagógica exercida por profissionais com formação nessa área de conhecimento, propomos a organização deste Dossiê, entendendo ser uma forma de potencializar as discussões que focalizam essa relação da Educação Física com a Educação Infantil. \nEste Dossiê é fruto de uma ação coletiva interinstitucional, construída por docentes vinculados à Universidade Federal do Rio Grande (FURG), à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), por meio dos grupos de pesquisa ECCOS (Educação, Corpo e Cultura do Movimento), ECOINFÂNCIAS (Infâncias, ambientes e ludicidade) e NAIF (Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e seus Fazeres). Celebramos essa experiência de fazer compartilhado, que expressa uma forma salutar de produzirmos conhecimento, pela via da constituição de redes dialógicas e colaborativas, potencializadas pelas novas tecnologias. \nAfirmamos, com este trabalho de publicação do Dossiê, o papel central dos grupos de pesquisa e das universidades públicas brasileiras como instituições indispensáveis para o avanço do pensamento crítico, da cidadania e do desenvolvimento científico em nosso País, principalmente, em um cenário tão adverso que enfrentamos, seja pela dureza de vivenciarmos uma Pandemia que nos imputa perdas de pessoas queridas, seja pelos ataques sistemáticos à autonomia, à democracia e ao financiamento da educação pública nacional. \nMesmo com todas essas questões que nos afligem nos planos pessoal, profissional e acadêmico, estamos satisfeitos em poder contar com a confiança de colegas docentes que se dispuseram a socializar suas produções conosco e contar com a generosidade de outros tantos colegas que se somaram a nós na tarefa de analisar, criteriosamente, cada manuscrito submetido à Revista Didática Sistêmica. Esses movimentos de interlocução criam e reforçam laços pessoais/profissionais/acadêmicos que nos revigoram e nos mantêm firmes no propósito de defender a vida, a ciência e a educação. \nNeste Dossiê, contamos com 16 artigos produzidos por professores-pesquisadores vinculados à educação básica e ao ensino superior, provenientes de todas as cinco regiões geográficas do Brasil. Essa abrangência nacional é relevante, pois nos apresenta pistas acerca dos distintos modos como a presença de professores com formação em Educação Física vem sendo pensada e materializada na Educação Infantil. \nMarcado pela diversidade de aportes teóricos e metodológicos, o Dossiê é composto por ensaios, relatos de experiências e artigos originais construídos a partir das contribuições da Sociologia, da Filosofia, da Pedagogia e da História Cultural. A problematização da relação da Educação Física com a Educação Infantil se baseou em pesquisas, assumidas pelos seus autores, de caráter qualitativo, pedagógico, narrativo, descritivo-interpretativo, bibliográfico, documental e pesquisa-ação. \nO conjunto de textos que forma o presente Dossiê aborda temáticas variadas que discutem regulamentações de cunho legal e pedagógico sobre a Educação Física e a Educação Infantil; pressupostos para a formação docente; a presença de professores especialistas na primeira etapa da Educação Básica em contexto específicos; a dinâmica curricular articulada por diferentes linguagens; o papel do brincar e do movimento nas práticas pedagógicas; o trato pedagógico de práticas corporais específicas (como é o caso da dança); o mapeamento da literatura científica pertinente ao tema e as perspectivas pedagógicas de Educação Física para a Educação Infantil. \nO primeiro artigo, assinado por Leonardo de Carvalho Duarte e Marcos Garcia Neira, analisa as teses e dissertações defendidas sobre Educação Infantil defendidas em Programas de Pós-graduação em Educação Física, entre os anos de 2010 e 2020. Identificaram mudanças paradigmáticas nesses estudos no que concerne à aproximação da área com referenciais contemporâneos das Ciências Humanas e Sociais, preservando alguma incidência da Psicologia do Desenvolvimento, mas ampliando o diálogo com as teorias curriculares críticas e pós-críticas. Os trabalhos do referido período constatam que, embora haja uma ampliação significativa de estudos sociais sobre as infâncias, ainda persiste o desafio da escuta, da participação e da coautoria das crianças em pesquisas e em práticas pedagógicas da Educação Física na Educação Infantil. \nNa sequência, as autoras Roseli Belmonte Machado, Isabela Dutra Correa da Silva e Marcela Dutra Correa da Silva analisam o capítulo da BNCC referente à Educação Infantil, destacando os discursos que legitimam a área da Educação Física. Em outra frente de análise, examinam o modo como acontece a prática pedagógica da Educação Física na Educação Infantil. A partir desse estudo, notaram que há orientações curriculares que indicam para uma formação integral, emancipada e livre do sujeito infantil. Todavia, nas práticas da Educação Física, há operações de governamento que conduzem para um disciplinamento do corpo. Em sentido oposto, defendem, a partir de suas convicções assumidas no texto, que liberdade e disciplina são conceitos afins na constituição dos sujeitos infantis contemporâneos. \n O terceiro artigo analisa a “base de conhecimentos para o ensino de professores de Educação Física na pré-escola”, com foco na identificação e na compreensão do sujeito e do conteúdo. Para os autores Luana Zanotto, Fernando Donizete Alves e Carlos Januário, o conhecimento docente sobre a criança advém da relação cotidiana pedagógica estabelecida para com ela, e os conteúdos são eleitos em função dos interesses das crianças, sendo que os jogos e brincadeiras populares prevalecem na organização dos processos de ensino-aprendizagem. Concluem defendendo que a participação do professor de Educação Física, na Educação Infantil, seja estabelecida por meio de um trabalho docente articulado entre áreas do conhecimento. \n O artigo de Juliano Silveira é o quarto trabalho deste Dossiê e traz reflexões sobre a importância das práticas pedagógicas desenvolvidas por professores de Educação Física no âmbito da Educação Infantil. Nessa perspectiva, consideram-se os sentidos e significados atribuídos ao movimento humano, o direito ao acesso à cultura corporal de movimento e os desafios do cotidiano pedagógico. As discussões evidenciadas, no texto, indicam a necessidade de diálogos em torno da construção de uma Educação Física da Educação Infantil, superando representações reducionistas sobre o seu papel, possibilitando uma docência compartilhada. \n O quinto artigo oferece aos leitores uma reflexão teórica com foco em dois cenários: o “estático” e o “dinâmico”, conceituados pelos filósofos Parménides e Heráclito. O exercício crítico-reflexivo dos autores António Camilo Cunha e Zenaide Galvão analisa as dinâmicas formativas e curriculares no campo da “Educação (Física) Infantil”, contidas, especialmente, na Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Apontam, em suas considerações, que as práxis se apresentam tanto como “cenários estáticos” quanto como “cenários dinâmicos” na interlocução entre docentes e as crianças. \n Uirá de Siqueira Farias e Graciele Massoli Rodrigues apresentam, no sexto artigo, reflexões tecidas “COM” vinte e seis crianças de cinco anos da Educação Infantil, duas pedagogas e um professor de educação física. Para eles, ser professor “COM” as crianças exige uma convocação para se construir uma educação emancipadora, necessária para todos/as que acreditam que a escola possa promover a dialogicidade e a curiosidade epistemológica. \n O sétimo artigo deste Dossiê, que tem como signatários Julio Cesar de Lucca Junior e Glauco Nunes Souto Ramos, analisa as perspectivas de docentes de Educação Física sobre o ensino deste componente curricular na educação infantil, na rede municipal de São Carlos/SP. As conclusões evidenciam distintos modos de ensinar e, apesar de os professores assinalarem o preparo para a docência, os autores percebem, por parte de alguns deles, a falta de clareza ao distinguir e conceituar elementos essenciais para esse exercício. \nNo oitavo artigo, as autoras Bethânia Costa Alves Zandomínegue, Raquel Firmino Magalhães Barbosa e Vanessa Guimarães discutem uma proposta de currículo articulada para a Educação Infantil ou na Educação Infantil, a partir do diálogo com diferentes linguagens, áreas do conhecimento e sujeitos da comunidade escolar. As mediações com a cultura popular, o Projeto Institucional e o Plano de Ação da Educação Física se constituíram como engrenagens essenciais para a materialização de uma “engenharia do currículo”. \n Na esteira das propostas de discussão curriculares na/para a Educação Infantil, Renata de Moraes Lino e ","PeriodicalId":416123,"journal":{"name":"Revista Didática Sistêmica","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Didática Sistêmica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14295/rds.v23i1.13907","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A Educação Infantil foi reconhecida como a primeira etapa da Educação Básica pela LDB, que tem como objetivo principal o desenvolvimento integral das crianças. Atualmente, a Educação Infantil vem passando por um processo de expansão e consolidação, no Brasil, que é decorrente, principalmente, da Emenda Constitucional nº 59∕2009, que tornou obrigatória a matrícula e a frequência de crianças de quatro e cincos anos de idade, em instituições formais de ensino, em todo o território nacional.
Esses processos de expansão e institucionalização, da primeira etapa da Educação Básica, vêm acompanhados de preocupações pedagógicas acerca da organização e operacionalização do trabalho educativo com as crianças. Por esse ângulo, as práticas pedagógicas precisam conciliar as dimensões do cuidar e do educar e promover uma dinâmica curricular resultante de experiências que não fragmentem o conhecimento, respeitando, sobretudo, a bagagem histórica e social que as crianças carregam consigo.
É nesse cenário que vimos percebendo a inserção de professores de Educação Física na Educação Infantil. Com a intenção de debater acerca das contribuições específicas que as práticas corporais assumem, na constituição curricular da Educação Infantil, por meio da mediação pedagógica exercida por profissionais com formação nessa área de conhecimento, propomos a organização deste Dossiê, entendendo ser uma forma de potencializar as discussões que focalizam essa relação da Educação Física com a Educação Infantil.
Este Dossiê é fruto de uma ação coletiva interinstitucional, construída por docentes vinculados à Universidade Federal do Rio Grande (FURG), à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), por meio dos grupos de pesquisa ECCOS (Educação, Corpo e Cultura do Movimento), ECOINFÂNCIAS (Infâncias, ambientes e ludicidade) e NAIF (Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e seus Fazeres). Celebramos essa experiência de fazer compartilhado, que expressa uma forma salutar de produzirmos conhecimento, pela via da constituição de redes dialógicas e colaborativas, potencializadas pelas novas tecnologias.
Afirmamos, com este trabalho de publicação do Dossiê, o papel central dos grupos de pesquisa e das universidades públicas brasileiras como instituições indispensáveis para o avanço do pensamento crítico, da cidadania e do desenvolvimento científico em nosso País, principalmente, em um cenário tão adverso que enfrentamos, seja pela dureza de vivenciarmos uma Pandemia que nos imputa perdas de pessoas queridas, seja pelos ataques sistemáticos à autonomia, à democracia e ao financiamento da educação pública nacional.
Mesmo com todas essas questões que nos afligem nos planos pessoal, profissional e acadêmico, estamos satisfeitos em poder contar com a confiança de colegas docentes que se dispuseram a socializar suas produções conosco e contar com a generosidade de outros tantos colegas que se somaram a nós na tarefa de analisar, criteriosamente, cada manuscrito submetido à Revista Didática Sistêmica. Esses movimentos de interlocução criam e reforçam laços pessoais/profissionais/acadêmicos que nos revigoram e nos mantêm firmes no propósito de defender a vida, a ciência e a educação.
Neste Dossiê, contamos com 16 artigos produzidos por professores-pesquisadores vinculados à educação básica e ao ensino superior, provenientes de todas as cinco regiões geográficas do Brasil. Essa abrangência nacional é relevante, pois nos apresenta pistas acerca dos distintos modos como a presença de professores com formação em Educação Física vem sendo pensada e materializada na Educação Infantil.
Marcado pela diversidade de aportes teóricos e metodológicos, o Dossiê é composto por ensaios, relatos de experiências e artigos originais construídos a partir das contribuições da Sociologia, da Filosofia, da Pedagogia e da História Cultural. A problematização da relação da Educação Física com a Educação Infantil se baseou em pesquisas, assumidas pelos seus autores, de caráter qualitativo, pedagógico, narrativo, descritivo-interpretativo, bibliográfico, documental e pesquisa-ação.
O conjunto de textos que forma o presente Dossiê aborda temáticas variadas que discutem regulamentações de cunho legal e pedagógico sobre a Educação Física e a Educação Infantil; pressupostos para a formação docente; a presença de professores especialistas na primeira etapa da Educação Básica em contexto específicos; a dinâmica curricular articulada por diferentes linguagens; o papel do brincar e do movimento nas práticas pedagógicas; o trato pedagógico de práticas corporais específicas (como é o caso da dança); o mapeamento da literatura científica pertinente ao tema e as perspectivas pedagógicas de Educação Física para a Educação Infantil.
O primeiro artigo, assinado por Leonardo de Carvalho Duarte e Marcos Garcia Neira, analisa as teses e dissertações defendidas sobre Educação Infantil defendidas em Programas de Pós-graduação em Educação Física, entre os anos de 2010 e 2020. Identificaram mudanças paradigmáticas nesses estudos no que concerne à aproximação da área com referenciais contemporâneos das Ciências Humanas e Sociais, preservando alguma incidência da Psicologia do Desenvolvimento, mas ampliando o diálogo com as teorias curriculares críticas e pós-críticas. Os trabalhos do referido período constatam que, embora haja uma ampliação significativa de estudos sociais sobre as infâncias, ainda persiste o desafio da escuta, da participação e da coautoria das crianças em pesquisas e em práticas pedagógicas da Educação Física na Educação Infantil.
Na sequência, as autoras Roseli Belmonte Machado, Isabela Dutra Correa da Silva e Marcela Dutra Correa da Silva analisam o capítulo da BNCC referente à Educação Infantil, destacando os discursos que legitimam a área da Educação Física. Em outra frente de análise, examinam o modo como acontece a prática pedagógica da Educação Física na Educação Infantil. A partir desse estudo, notaram que há orientações curriculares que indicam para uma formação integral, emancipada e livre do sujeito infantil. Todavia, nas práticas da Educação Física, há operações de governamento que conduzem para um disciplinamento do corpo. Em sentido oposto, defendem, a partir de suas convicções assumidas no texto, que liberdade e disciplina são conceitos afins na constituição dos sujeitos infantis contemporâneos.
O terceiro artigo analisa a “base de conhecimentos para o ensino de professores de Educação Física na pré-escola”, com foco na identificação e na compreensão do sujeito e do conteúdo. Para os autores Luana Zanotto, Fernando Donizete Alves e Carlos Januário, o conhecimento docente sobre a criança advém da relação cotidiana pedagógica estabelecida para com ela, e os conteúdos são eleitos em função dos interesses das crianças, sendo que os jogos e brincadeiras populares prevalecem na organização dos processos de ensino-aprendizagem. Concluem defendendo que a participação do professor de Educação Física, na Educação Infantil, seja estabelecida por meio de um trabalho docente articulado entre áreas do conhecimento.
O artigo de Juliano Silveira é o quarto trabalho deste Dossiê e traz reflexões sobre a importância das práticas pedagógicas desenvolvidas por professores de Educação Física no âmbito da Educação Infantil. Nessa perspectiva, consideram-se os sentidos e significados atribuídos ao movimento humano, o direito ao acesso à cultura corporal de movimento e os desafios do cotidiano pedagógico. As discussões evidenciadas, no texto, indicam a necessidade de diálogos em torno da construção de uma Educação Física da Educação Infantil, superando representações reducionistas sobre o seu papel, possibilitando uma docência compartilhada.
O quinto artigo oferece aos leitores uma reflexão teórica com foco em dois cenários: o “estático” e o “dinâmico”, conceituados pelos filósofos Parménides e Heráclito. O exercício crítico-reflexivo dos autores António Camilo Cunha e Zenaide Galvão analisa as dinâmicas formativas e curriculares no campo da “Educação (Física) Infantil”, contidas, especialmente, na Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Apontam, em suas considerações, que as práxis se apresentam tanto como “cenários estáticos” quanto como “cenários dinâmicos” na interlocução entre docentes e as crianças.
Uirá de Siqueira Farias e Graciele Massoli Rodrigues apresentam, no sexto artigo, reflexões tecidas “COM” vinte e seis crianças de cinco anos da Educação Infantil, duas pedagogas e um professor de educação física. Para eles, ser professor “COM” as crianças exige uma convocação para se construir uma educação emancipadora, necessária para todos/as que acreditam que a escola possa promover a dialogicidade e a curiosidade epistemológica.
O sétimo artigo deste Dossiê, que tem como signatários Julio Cesar de Lucca Junior e Glauco Nunes Souto Ramos, analisa as perspectivas de docentes de Educação Física sobre o ensino deste componente curricular na educação infantil, na rede municipal de São Carlos/SP. As conclusões evidenciam distintos modos de ensinar e, apesar de os professores assinalarem o preparo para a docência, os autores percebem, por parte de alguns deles, a falta de clareza ao distinguir e conceituar elementos essenciais para esse exercício.
No oitavo artigo, as autoras Bethânia Costa Alves Zandomínegue, Raquel Firmino Magalhães Barbosa e Vanessa Guimarães discutem uma proposta de currículo articulada para a Educação Infantil ou na Educação Infantil, a partir do diálogo com diferentes linguagens, áreas do conhecimento e sujeitos da comunidade escolar. As mediações com a cultura popular, o Projeto Institucional e o Plano de Ação da Educação Física se constituíram como engrenagens essenciais para a materialização de uma “engenharia do currículo”.
Na esteira das propostas de discussão curriculares na/para a Educação Infantil, Renata de Moraes Lino e