{"title":"Contribuicões da neurolinguística discursiva para a compreensão do sujeito e da linguagem na síndrome do x-frágil","authors":"M. A. Silva","doi":"10.20396/CEL.V60I2.8653127","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Partindo da crítica de Coudry ([1986] 1988) sobre testes-padrão apresento uma reflexão sobre o discurso científico veiculado em diferentes publicações (artigos científicos, textos em sites de associações e entidades relacionadas à patologia, bem como em textos publicados em sites de eventos e conferências) sobre a Síndrome do X-Frágil com o intuito de analisar como essa patologia é descrita pela área médica, especialmente em relação ao desenvolvimento da linguagem, bem como quais efeitos de poder/saber (FOUCAULT, 2001) são produzidos por esse discurso e suas implicações. Para me contrapor ao discurso determinístico da área médica, apresento dados do processo de aquisição e uso da fala, leitura e escrita de um sujeito portador da síndrome acompanhado longitudinalmente destacando – com base nos pressupostos da Neurolinguística Discursiva – seu trabalho linguístico-cognitivo e as marcas de sua subjetividade na linguagem. A discussão dos dados procura, ainda, identificar em suas dificuldades linguísticas aquilo que pode ser patológico, o que faz parte do processo normal de aquisição e uso da fala/leitura/escrita e o que pode estar relacionado a outros fatores, que podem ser de ordem social ou relativos a história de vida do sujeito.","PeriodicalId":254871,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Estudos Lingüísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/CEL.V60I2.8653127","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Partindo da crítica de Coudry ([1986] 1988) sobre testes-padrão apresento uma reflexão sobre o discurso científico veiculado em diferentes publicações (artigos científicos, textos em sites de associações e entidades relacionadas à patologia, bem como em textos publicados em sites de eventos e conferências) sobre a Síndrome do X-Frágil com o intuito de analisar como essa patologia é descrita pela área médica, especialmente em relação ao desenvolvimento da linguagem, bem como quais efeitos de poder/saber (FOUCAULT, 2001) são produzidos por esse discurso e suas implicações. Para me contrapor ao discurso determinístico da área médica, apresento dados do processo de aquisição e uso da fala, leitura e escrita de um sujeito portador da síndrome acompanhado longitudinalmente destacando – com base nos pressupostos da Neurolinguística Discursiva – seu trabalho linguístico-cognitivo e as marcas de sua subjetividade na linguagem. A discussão dos dados procura, ainda, identificar em suas dificuldades linguísticas aquilo que pode ser patológico, o que faz parte do processo normal de aquisição e uso da fala/leitura/escrita e o que pode estar relacionado a outros fatores, que podem ser de ordem social ou relativos a história de vida do sujeito.