F. Almeida, Regina Caldas, Pedro Oliveira, C. Brito
{"title":"Melanoma Maligno Cutâneo: Estudo Retrospetivo de Sete Anos (2011-2017)","authors":"F. Almeida, Regina Caldas, Pedro Oliveira, C. Brito","doi":"10.29021/SPDV.77.2.1065","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O melanoma maligno é uma neoplasia cutânea muito agressiva, com uma incidência crescente nos últimos anos. Material e Métodos: Realizou-se estudo retrospetivo através da análise de processos clínicos de doentes com o diagnóstico de melanoma maligno cutâneo, durante o período compreendido entre 2011 e 2017. Analisaram-se características epidemiológicas, clínicas e histopatológicas e comparou-se com um estudo prévio de 11 anos realizado nesta Instituição (1999 a 2009). Resultados: O melanoma maligno cutâneo foi diagnosticado em 163 doentes, 59,5% do sexo feminino e 40,5% do sexo masculino, cuja idade média foi de 65,6 anos. A localização anatómica mais frequente nos homens foi o tronco, enquanto nas mulheres foi a perna. O subtipo de melanoma maligno cutâneo mais comum foi o de extensão superficial, seguindo-se o lentigo maligno e o nodular. A maioria dos casos eram melonoma maligno cutâneo invasivos (67,5%), em oposição aos melanomas malignos cutâneos in situ (32,5%). A média do índice de Breslow foi de 3,01 mm. Destaca-se o aumento do número de doentes com melanoma maligno cutâneo, já que no estudo anterior apenas tinham sido diagnosticados 129 casos. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo estão de acordo com o descrito na literatura, nomeadamente no que se refere à faixa etária dos doentes, e à localização anatómica e subtipo predominante do melanoma maligno cutâneo. Verificou-se um aumento do número de casos localizados na cabeça e tronco face aos membros inferiores. Apesar do investimento na deteção do melanoma maligno cutâneo, o aumento do número de diagnósticos não parece contrabalançar o risco global de melanoma maligno cutâneo, uma vez que continuam a surgir muitos casos, predominantemente invasivos e espessos.","PeriodicalId":238976,"journal":{"name":"Journal of the Portuguese Society of Dermatology and Venereology","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"4","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Journal of the Portuguese Society of Dermatology and Venereology","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29021/SPDV.77.2.1065","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O melanoma maligno é uma neoplasia cutânea muito agressiva, com uma incidência crescente nos últimos anos. Material e Métodos: Realizou-se estudo retrospetivo através da análise de processos clínicos de doentes com o diagnóstico de melanoma maligno cutâneo, durante o período compreendido entre 2011 e 2017. Analisaram-se características epidemiológicas, clínicas e histopatológicas e comparou-se com um estudo prévio de 11 anos realizado nesta Instituição (1999 a 2009). Resultados: O melanoma maligno cutâneo foi diagnosticado em 163 doentes, 59,5% do sexo feminino e 40,5% do sexo masculino, cuja idade média foi de 65,6 anos. A localização anatómica mais frequente nos homens foi o tronco, enquanto nas mulheres foi a perna. O subtipo de melanoma maligno cutâneo mais comum foi o de extensão superficial, seguindo-se o lentigo maligno e o nodular. A maioria dos casos eram melonoma maligno cutâneo invasivos (67,5%), em oposição aos melanomas malignos cutâneos in situ (32,5%). A média do índice de Breslow foi de 3,01 mm. Destaca-se o aumento do número de doentes com melanoma maligno cutâneo, já que no estudo anterior apenas tinham sido diagnosticados 129 casos. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo estão de acordo com o descrito na literatura, nomeadamente no que se refere à faixa etária dos doentes, e à localização anatómica e subtipo predominante do melanoma maligno cutâneo. Verificou-se um aumento do número de casos localizados na cabeça e tronco face aos membros inferiores. Apesar do investimento na deteção do melanoma maligno cutâneo, o aumento do número de diagnósticos não parece contrabalançar o risco global de melanoma maligno cutâneo, uma vez que continuam a surgir muitos casos, predominantemente invasivos e espessos.