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Abstract
O artigo analisa a situação de apátrida e o consequente perecimento da glória de quem se encontra nesta circunstância quando da ocorrência de violações de seus direitos humanos à luz do pensamento de Hannah Arendt. Observa que como na época de Arendt, onde o apátrida surge por causa das Guerras que marcaram o século XX, nos dias atuais surge em razão de migração forçada e evidencia que o problema de não ter direito a ter direitos persiste sem solução. Vincula o sentido Arendtiano de glória ao que se faz na esfera pública, ou seja, quando os indivíduos se tornam protagonistas no palco público agindo para melhorar ou fazer progredir toda a sociedade. Assim, verifica como a ausência de cidadania afeta a identidade nacional de tais indivíduos e os impedem de fazer algo novo e assim decidir o seu destino comum. Demonstra o pensamento de Arendt quanto à insuficiência de fundamentação da concepção clássica de direitos humanos no tocante aos apátridas, bem como a dificuldade dos seres humanos em conviver com o diferente e se tornarem empáticos. Evidencia a proposta de Hannah Arendt para a efetivação dos direitos humanos na atualidade e para a cidadania, pois, sem ela não há eficácia de direito algum e o risco da exclusão e negação da humanidade dos apátridas.