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Abstract
Este artigo busca problematizar a subjetivação que emerge na formação de jovens a partir da instauração do Programa de Ensino Integral e da emergência do Projeto de Vida, que busca explorar o protagonismo juvenil como uma “disciplina” que garanta autonomia aos estudantes, permitindo que gradualmente respondam às exigências do mundo contemporâneo e suas relações com o mundo do trabalho, no desenvolvimento de habilidade que lhe permitam uma formação como pessoa autônoma, solidária e competente para continuar aprendendo ao longo da vida. Partindo da premissa “aprender a aprender” ou aprender por toda a vida, interrogamos as premissas desse Projeto de Vida, observando-o dentro do campo do neoliberalismo, como defendido por Michel Foucault (2010) e Dardot e Laval (2016), visto que atua como um modo de conduta, pois atua como uma nova razão do mundo, e, como tal, produzindo os sujeitos necessários para o seu funcionamento, logo, um sujeito que assume o protagonismo de sua vida, como um empreendedor de si.