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Abstract
O modelo de urbanização estabelecido no Brasil, de maneira geral, privilegiou o crescimento periférico e a degradação ambiental em detrimento do respeito aos recursos naturais. Como consequência, formaram-se cidades dotadas de problemas estruturais e ambientais, tornando-se comum se depararem com os vazios urbanos, a especulação imobiliária, a segregação socioespacial e a ocupação de áreas de proteção ambiental. A presença de problemas sociais, econômicos e ambientais no espaço urbano estimula a busca por práticas que se voltem para atenuar as mazelas urbanas, nesse contexto, ascende-se a inserção do termo Desenvolvimento Sustentável para o planejamento urbano: a sustentabilidade urbana. O artigo foi norteado pela análise da cidade sustentável, destacando-se a interferência do Estado como importante agente modelador do espaço, sobretudo por suas imposições aos recursos naturais. A intenção do artigo consiste em compreender sobre os avanços de debates e ações em prol do Desenvolvimento Sustentável, questionando-se sua viabilidade e interesses preponderantes na elaboração de políticas públicas, enfatizando o incentivo ao desenvolvimento das hortas urbanas, embasadas pela agroecologia, nas cidades de Curitiba e Pinhais. Indagou-se como as hortas urbanas podem convergir para a sustentabilidade urbana e para a Educação Ambiental, diferentemente de outras políticas públicas que buscam, a partir do uso da imagem e do discurso sobre a sustentabilidade, a reprodução do capital por meio da atração de novos investimentos e consumidores. A metodologia escolhida se pautou na elaboração de trabalhos de campo, no contato com agentes do setor público dos municípios e na leitura de referencial teórico sobre a temática da sustentabilidade urbana.