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Abstract
Neste artigo, pretendo explorar um cenário admitidamente hipotético, porém bastante plausível, que envolve a participação de Aristóteles, através de seu trabalho filológico muito bem documentado nas fontes antigas, com autores da Antiguidade, na edição e posterior transmissão das obras de Píndaro para Alexandria. Baseando-me nas evidências disponíveis, acredito que seja possível argumentar que o filósofo, ajudado pela sua enorme coleção de livros, estava em uma boa posição para ter coletado, editado e produzido uma edição padrão das canções de Píndaro que puderam, após a sua morte e a dispersão de seu espólio, chegar às mãos dos bibliotecários em Alexandria. Em face de uma quase completa ausência de testemunhos acerca dos primeiros estágios de transmissão e fixação da obra de Píndaro, acredito que valha a pena tentar revisar as evidências que nos permitiriam reconstruir um cenário no qual Píndaro é primeiro editado em Atenas e, apenas mais tarde, chega em Alexandria, sobretudo porque uma tradição semelhante já foi proposta para os épicos homéricos.