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Abstract
Este texto sobre mediação em sala de aula é dedicado à Profª Drª Maria Irma Coudry que, desde a criação da área da Neurolinguística Discursiva, muito tem contribuído para refletir sobre patologização, medicalização e mediação, temas que permeiam as discussões sobre a prática pedagógica em nossos dias. O texto se fundamenta em um dos conceitos presentes em sua obra, Diário de Narciso: discurso e afasia, o de “construção partilhada de sentidos”, introduzido para questionar a padronização das avaliações e práticas terapêuticas com sujeitos afásicos. As reflexões realizadas por Coudry (1986) sobre construir sentidos através da linguagem, para que as interlocuções se tornem significativas e permitindo que os sujeitos assumam seus posicionamentos históricos, abrem um campo muito fértil para a compreensão do que significa “mediar” no contexto escolar. Ao reconhecer no aluno um sujeito de linguagem e, por isso, dependente das relações que se estabelecem em seu meio, o referido conceito atua como um contradispositivo às metodologias padronizantes, implantadas por políticas públicas e vigentes na escola atual. A reflexão aqui realizada se fundamenta em diversos autores da Neurolinguística Discursiva, em especial Coudry (1986; 1996; 2010), Freud (1891;1895), Vygotsky (1926;1934) e Luria (1977;1979), relacionando o funcionamento cerebral ao simbólico e ao histórico.