Tiago Soares Marques, Deivison Moacir Cezar de Campos
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Abstract
O presente artigo busca analisar como a branquitude se inscreve nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores, pensando em particular na formação de professores de História. É evidenciado o processo histórico deste campo e como o mesmo esteve pautado em uma concepção eurocêntrica do currículo. Ao mesmo tempo, na contemporaneidade se perpetua, apesar de alguns avanços, a ideia de uma história euroreferenciada. Nesse sentido, a partir de uma análise cultural, as DCN`s para a formação de professores são analisadas, dentro de seus respectivos contextos, entendendo suas particularidades - por exemplo, a atenção dada à temática étnico-racial - e similaridades - o modo como perpassa nos documentos a noção multiculturalista de diversidade, que contempla diferentes grupos raciais, mas não questiona as estruturas sociais. Conclui-se que as atuais diretrizes não contribuem para a problematização da branquitude enquanto estrutura de poder e da História enquanto instrumento desse poder, sendo necessário maior aprofundamento e articulação com a educação das relações étnico-raciais para uma efetiva mudança da realidade social.