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Abstract
Da eleição de líderes autoritários à multiplicação de revoltas populares, são diversos os sinais de que as instituições políticas liberais não têm dado conta de atender às expectativas de amplos setores sociais. Embora um número considerável de atores e analistas insista em reconduzir os conflitos para o âmbito institucional, boa parte da ação política tem corrido também por fora do arcabouço formal e debilitado conceitos e teorias estabelecidas acerca da democracia e da representação. Este trabalho discute os avanços e limites das teorias contemporâneas da representação política frente a esse diagnóstico. Por um lado, elas contribuem para o estudo de diferentes formas de representação para além do voto. Por outro, pecam em articular suas faces eleitoral e não-eleitoral e tendem a negligenciar sua dimensão substantiva. Dois casos são analisados, então, para demonstrar o caráter potencialmente democrático de formas radicais de participação e a necessária articulação teórica entre as ações políticas institucional e extrainstitucional. A saber, a trajetória recente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, no Brasil, e os protestos dos Coletes Amarelos, entre 2018 e 2019, na França.
Palavras-Chave
democracia, representação, participação, ação política, movimentos sociais.