Anna Maria Lunardi Padilha, Régis Henrique dos Reis Silva
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Abstract
O propósito deste texto é discutir a relação entre o movimento histórico, social e educacional da Educação Inclusiva no Brasil e a proposta da Pedagogia Histórico-Crítica como práxis pedagógica, no sentido da compreensão e da superação da exclusão escolar generalizada, ainda presente em nosso país. Para a Pedagogia Histórico-Crítica, a superação da sociedade de classes e das desigualdades por ela produzidas é uma condição fundamental para que a diversidade humana se realize de forma plena e radical. Partindo da realidade da educação Inclusiva no Brasil, seus impasses e suas conquistas, o texto aborda os desafios e possibilidades da formação humana com escola para todos, em salas de aula que devem, efetivamente, atender às singularidades de seus alunos em direção ao domínio dos conhecimentos que a humanidade desenvolveu e a ciência, a filosofia e as artes sistematizaram. Em seguida, reflete-se, com os fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural, que uma teoria pedagógica revolucionária deve mediar, por meio da obra da cultura, o desenvolvimento mental dos indivíduos, promovendo saltos de qualidade no desenvolvimento humano. O texto finaliza apontando a contraposição ao que propõe os “Projetos de Escolas sem Partido” que procuram restringir e eliminar o debate de ideias e as possibilidades do pensamento plural. Insiste-se na necessidade do estabelecimento de condições para que as “muitas vozes” sociais manifestem e apresentem suas explicações para os problemas concretos que afligem as pessoas com deficiência e as demais minorias sociais.