Luís Cláudio Rocha Henriques De Moura, Clóvis Henrique Leite De Souza, Geraldo Witeze Junior
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Abstract
No final de 2017, como parte das atividades pedagógicas de Artes Visuais orientadas por docentes, estudantes do ensino médio realizaram grafites nas paredes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) em Formosa. O esforço analítico neste artigo centrou-se, então, no discurso contrário aos grafites como expressão do conservadorismo no campo educacional, que possuía forte presença em debate na sociedade brasileira naquele momento. No caso em estudo, foi possível perceber que o conservadorismo se coloca em ação no âmbito escolar por meio das seguintes ações: negação do conhecimento acadêmico, crítica às instituições, vigilância à atividade docente, desqualificação do trabalho educativo e disseminação de pânico moral. Para o presente estudo, foram reunidos documentos oficiais com reclamações ou elogios à ação educativa, as respectivas respostas institucionais à ouvidoria e ao Ministério Público, bem como atas de reunião e diversas cartas públicas de apoio elaboradas por ocasião dos fatos. A alteração no padrão visual do campus gerou disputas que explicitaram as divergências ideológicas latentes, trazendo à tona diversos entendimentos sobre o que é arte e como ela deve ser desenvolvida no espaço da escola pública.