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Abstract
Parte da geração de 70 (e 80), do século XIX, foi influenciada por teses que alicerçaram um projeto de nação para o Brasil à época e que perduram, em alguma medida, até o presente. Dentre os intelectuais participantes desta geração, a voz e a escrita de José do Patrocínio figuram indubitavelmente entre as mais destacadas. Raramente seu nome é lembrado na História da Literatura Brasileira, embora fora um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras e autor de três romances, dentre eles, Motta Coqueiro ou a pena de morte, escrito em 1877. A obra referida rememora o caso real do último enforcamento no Brasil, o do fazendeiro Motta Coqueiro, suposto mandante de um violento crime ocorrido no norte fluminense em 1852, controverso até a presente data, contra uma família de agregados, que vivia nas terras do citado fazendeiro. Porém, não restrito ao evento trágico, o romancista leva perspicazmente o leitor para uma narrativa, que ressalta o drama dos negros e agregados na estrutura colonial; que desnuda os critérios de cor e classe social no Brasil colônia. O presente artigo reflete o papel da Memória como uma ferramenta manipulável, ativa e estratégica nas relações sociais e na literatura patrociniana.
19世纪70年代(和80年代)的部分人受到了当时为巴西建立国家计划的理论的影响,这些理论在某种程度上一直延续到今天。在这一代参与的知识分子中,jose do patrocinio的声音和写作无疑是最突出的。他的名字在巴西文学史上很少被人记住,尽管他是巴西文学院的创始成员之一,并著有三部小说,其中包括1877年写的《莫塔·科奎罗》或《死刑》。该作品回顾了巴西最后一个被绞死的真实案例,农民莫塔·科奎罗(Motta Coqueiro)被指控于1852年在北弗卢米南塞(norte fluminense)犯下了一场暴力犯罪,至今仍有争议,针对的是居住在上述农民土地上的一个家庭。然而,不局限于悲剧事件,小说家巧妙地引导读者进入一种叙事,强调黑人的戏剧和殖民结构中的聚集;这暴露了巴西殖民地的肤色和社会阶层标准。这篇文章反映了记忆在社会关系和赞助文学中作为一种可操作的、主动的和战略性的工具的作用。