{"title":"CRIOULIZAÇÃO E ESTILO: SOBRE \"A CONJURA\", DE JOSÉ EDUARDO AGUALUSA","authors":"Sérgio Guimarães de Sousa","doi":"10.56242/revistavereda;2020;3;5;18-35","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"N’A Conjura,o primeiro romance de Agualusa (1981), encontramos, entre outros elementos, aquilo que definirá a singularidade do imaginário literário do autor: a crioulização e a questão da linguagem. Se em Agualusa a crioulização é um meio para enfrentar o racismo, na medida em que dá azo à miscigenação e ao hibridismo cultural, inversamente, a linguagem, desprovida de marcas dialetais, em oposição com o que acontece com outros autores (Luandino Vieira, por exemplo), parece coadunar-se com um princípio de lusofonia universal. Todavia, é uma linguagem, porque bastante tributária do estilo queirosiano, veiculadora de marcas imperiais. Talvez, afinal, esse seja o ponto mais genuinamente histórico da narrativa.","PeriodicalId":186225,"journal":{"name":"Veredas - Revista Interdisciplinar de Humanidades","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Veredas - Revista Interdisciplinar de Humanidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.56242/revistavereda;2020;3;5;18-35","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
N’A Conjura,o primeiro romance de Agualusa (1981), encontramos, entre outros elementos, aquilo que definirá a singularidade do imaginário literário do autor: a crioulização e a questão da linguagem. Se em Agualusa a crioulização é um meio para enfrentar o racismo, na medida em que dá azo à miscigenação e ao hibridismo cultural, inversamente, a linguagem, desprovida de marcas dialetais, em oposição com o que acontece com outros autores (Luandino Vieira, por exemplo), parece coadunar-se com um princípio de lusofonia universal. Todavia, é uma linguagem, porque bastante tributária do estilo queirosiano, veiculadora de marcas imperiais. Talvez, afinal, esse seja o ponto mais genuinamente histórico da narrativa.