{"title":"Hackeamos a universidade: disputas e afirmações sobre o (não) lugar das pessoas trans na universidade","authors":"J. F. O. D. Santos","doi":"10.12957/teias.2023.66276","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, problematiza-se noções de “hackeamento” e pertencimento, e as disputas sobre a territorialização da universidade através de narrativas de quatro mulheres trans/travestis estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nas narrativas aqui apresentadas, acessar a universidade envolve um sentimento de que o espaço acadêmico não é feito para corpos trans e travestis, mas que nesse acesso encontra-se oportunidades de ressignificar as próprias histórias de vidas e disputar a universidade. As interlocutoras desse estudo destacam, por essa razão, como suas trajetórias acadêmicas são bandeiras e veículos de lutas fundamentais para essa população, deslocando os significados da política e da própria universidade. Dessa maneira, “hackear a universidade” é disputa-la por dentro, acessando seus espaços e dispositivos. É buscar minar as estruturas de subalternização e exclusão das pessoas trans e travestis nessas instituições, o que envolve demandas pelo reconhecimento de outros sujeitos e outras perspectivas políticas, culturais, teóricas, epistemológicas e metodológicas.","PeriodicalId":409834,"journal":{"name":"Revista Teias","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Teias","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/teias.2023.66276","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo, problematiza-se noções de “hackeamento” e pertencimento, e as disputas sobre a territorialização da universidade através de narrativas de quatro mulheres trans/travestis estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nas narrativas aqui apresentadas, acessar a universidade envolve um sentimento de que o espaço acadêmico não é feito para corpos trans e travestis, mas que nesse acesso encontra-se oportunidades de ressignificar as próprias histórias de vidas e disputar a universidade. As interlocutoras desse estudo destacam, por essa razão, como suas trajetórias acadêmicas são bandeiras e veículos de lutas fundamentais para essa população, deslocando os significados da política e da própria universidade. Dessa maneira, “hackear a universidade” é disputa-la por dentro, acessando seus espaços e dispositivos. É buscar minar as estruturas de subalternização e exclusão das pessoas trans e travestis nessas instituições, o que envolve demandas pelo reconhecimento de outros sujeitos e outras perspectivas políticas, culturais, teóricas, epistemológicas e metodológicas.