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Abstract
O acesso ao mercado de trabalho formal para as Pessoas com Deficiência, assegurado pela legislação, destaque para a Lei de Cotas, não se confirma pela realidade investigada. Este acesso é dificultado através de barreiras no processo de inclusão, por vezes, impostas pelas próprias organizações. Uma das argumentações frequentemente utilizadas é a falta de capacitação dos profissionais com deficiência, entretanto, capacitar é um processo tanto externo à organização, por intermédio das redes de ensino, quanto interno, através dos métodos e processos de treinamento empregados. O presente trabalho tem por objetivo observar e analisar as metodologias empregadas para capacitação através do processo de Treinamento aos funcionários com deficiência nas empresas do interior paulista. A metodologia utilizada foi exploratória com pesquisa de campo e aplicação de questionário junto aos profissionais responsáveis pelos departamentos de Recursos Humanos de 49 empresas que possuem mais de 100 funcionários, enquadradas na Lei de Cotas. Os resultados encontrados mostram a tentativa e o esforço das empresas no aproveitamento das potencialidades das Pessoas com Deficiência em seus quadros. Identificada a percepção negativa quanto as limitações destas pessoas, os métodos de treinamento empregados são os de operacionalização, logo, não são oferecidas oportunidades significativas ou favoráveis ao crescimento, desenvolvimento e retenção das Pessoas com Deficiência no âmbito formal. Por fim, existem necessidades de investimentos, não só na profissionalização dos envolvidos em todo processo de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento, para que sejam habilitados a incluir efetivamente as Pessoas com Deficiência, mas para que se criem métodos e técnicas de treinamento que possibilitem capacitar, desenvolver e ascender estas pessoas na organização, sendo estes realmente difundidos como cultura de inclusão nas organizações. Fernando Gonçalves FATEC