{"title":"DILOCARCINUS SEPTEMDENTATUS (HERBST, 1783) (DECAPODA, BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE) DA AMAZÔNIA ORIENTAL","authors":"R. Vieira, C. Santos","doi":"10.21826/2178-7581X2018059","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo foi determinar a abundância, a razão sexual e a maturidade sexual morfológica de macho e fêmeas de Dilocarcinus septemdentatus da Amazônia oriental. Pata isto, coletas trimestrais foram realizadas em quatro igarapés durante 3 anos, de acordo com os períodos anuais segundo a pluviosidade (chuvoso, transição chuvoso/seco, seco e transição seco/chuvoso), totalizando 48 amostragens. Em cada igarapé foi delimitado um setor de 100 m e, a partir do ponto mais a jusante, em cada margem foram realizadas 50 peneiradas junto ao fundo, com peneira redonda de 30 cm de raio e malha de 2 mm. Os espécimes coletados foram acondicionados em álcool 70%. Também foram medidos os parâmetros ambientais temperatura da água, pH, Oxigênio dissolvido e condutividade elétrica com auxílio de sonda multiparâmetros, a largura e profundidade dos igarapés com auxílio de trena. No laboratório os animais foram identificados, sexados e mensurados: largura da carapaça (LC), comprimento da carapaça (CC), comprimento do própodo maior (CP), altura do própodo maior (AP) e largura do abdômen (LA) das fêmeas tomadas no quarto somito abdominal. Animais acima de 10 mm foram medidos com paquímetro (0,05 mm) e para indivíduos abaixo de 10 mm foi utilizado estéreomicroscópio Leica M60 equipado com régua micrométrica. Foi calculado o índice de constância da espécie para cada período. A maturidade morfológica foi estimada com base no estudo do crescimento relativo, essa análise é baseada na equação alométrica Y = axb. Foram coletados 2118 espécimes, com maior abundância ocorrendo no período chuvoso e a menor no seco. Não foram capturadas fêmeas ovígeras. A razão sexual foi de 1,2:1 fêmeas para cada macho. A largura da carapaça das fêmeas variou de 2,6 a 28,4 mm e dos machos variou de 3,1 a 28,4 mm. As relações biométricas que melhor indicaram os diferentes padrões de crescimento tanto de juvenil como de adulto foram LCxCP para machos e LCxLA para fêmeas (p<0,05). Baseado nessas relações a maturidade morfológica estimada dos machos e fêmeas foi de 14 mm e 11,9 mm de (LC) respectivamente. Esta diferença é devido a fêmea alocar suas energias para reprodução e os machos investem no crescimento somático. A maior abundância de juvenis nos períodos seco/chuvoso e chuvoso indica que o período reprodutivo começa no início do período seco/chuvoso e termina no meio do período chuvoso/seco, provavelmente está relacionado","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018059","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo deste estudo foi determinar a abundância, a razão sexual e a maturidade sexual morfológica de macho e fêmeas de Dilocarcinus septemdentatus da Amazônia oriental. Pata isto, coletas trimestrais foram realizadas em quatro igarapés durante 3 anos, de acordo com os períodos anuais segundo a pluviosidade (chuvoso, transição chuvoso/seco, seco e transição seco/chuvoso), totalizando 48 amostragens. Em cada igarapé foi delimitado um setor de 100 m e, a partir do ponto mais a jusante, em cada margem foram realizadas 50 peneiradas junto ao fundo, com peneira redonda de 30 cm de raio e malha de 2 mm. Os espécimes coletados foram acondicionados em álcool 70%. Também foram medidos os parâmetros ambientais temperatura da água, pH, Oxigênio dissolvido e condutividade elétrica com auxílio de sonda multiparâmetros, a largura e profundidade dos igarapés com auxílio de trena. No laboratório os animais foram identificados, sexados e mensurados: largura da carapaça (LC), comprimento da carapaça (CC), comprimento do própodo maior (CP), altura do própodo maior (AP) e largura do abdômen (LA) das fêmeas tomadas no quarto somito abdominal. Animais acima de 10 mm foram medidos com paquímetro (0,05 mm) e para indivíduos abaixo de 10 mm foi utilizado estéreomicroscópio Leica M60 equipado com régua micrométrica. Foi calculado o índice de constância da espécie para cada período. A maturidade morfológica foi estimada com base no estudo do crescimento relativo, essa análise é baseada na equação alométrica Y = axb. Foram coletados 2118 espécimes, com maior abundância ocorrendo no período chuvoso e a menor no seco. Não foram capturadas fêmeas ovígeras. A razão sexual foi de 1,2:1 fêmeas para cada macho. A largura da carapaça das fêmeas variou de 2,6 a 28,4 mm e dos machos variou de 3,1 a 28,4 mm. As relações biométricas que melhor indicaram os diferentes padrões de crescimento tanto de juvenil como de adulto foram LCxCP para machos e LCxLA para fêmeas (p<0,05). Baseado nessas relações a maturidade morfológica estimada dos machos e fêmeas foi de 14 mm e 11,9 mm de (LC) respectivamente. Esta diferença é devido a fêmea alocar suas energias para reprodução e os machos investem no crescimento somático. A maior abundância de juvenis nos períodos seco/chuvoso e chuvoso indica que o período reprodutivo começa no início do período seco/chuvoso e termina no meio do período chuvoso/seco, provavelmente está relacionado