FIBRILAÇÃO ATRIAL: QUANDO E COMO OPTAR PELO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO E QUANDO INDICAR ABLAÇÃO

Bruno Pereira Valdigem, C. D. De Almeida, Rogério Braga Andalaft
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Abstract

Fibrilação atrial (FA) tem três pilares de tratamento de acordo com as diretrizes vigentes, o ABC da FA. A fica para prevenção de eventos embólicos (Avoid Stroke), B para melhor controle de sintomas (Better symptoms control) e C para controle de comorbidades (Comorbidities). Desde o estudo AFFIRM, houve mudança significativa nas opções terapêuticas para fibrilação atrial, sendo a mais marcante a inclusão de estratégia não farmacológica chamada ablação de fibrilação atrial no final do milênio passado. Ainda que exista hoje crescente evidência do benefício do controle de ritmo na redução dos eventos embólicos, e o conceito de cardiopatia atrial ganha espaço à medida que vemos que pacientes podem fazer acidentes vasculares encefálicos (AVE) mesmo sem evidencia de fibrilação atrial recente. Isso significa que a importância da anticoagulação (quando bem indicada) ainda se faz presente independente da estratégia escolhida. Por outro lado, o melhor controle de sintomas, que envolve controle de ritmo ou frequência, e o tratamento de comorbidades (como apneia obstrutiva do sono, obesidade, hipertensão) são pilares fundamentais do maior objetivo que é a preservação de qualidade de vida do portador de FA. O exercício de atualização de conceitos que tínhamos como certos e seguros é o que separa a ciência do dogma. Neste artigo, tentamos conden-sar as evidências mais atuais para estabelecer novas metas no atendimento de FA, mais assertivas, e que permitam uma maior integração entre as equipes médicas que atendem o paciente, mostrando que todos os tratamentos podem (e devem) ser encarnados como complementares, e não competitivos. E estabelecer a relevância de conceitos como janela de oportunidade para ablação, identificação de fatores não cardíacos que dificultam o trata-mento e o papel fundamental do médico assistente do paciente no tratamento invasivo da FA.
房颤:何时、如何选择药物治疗,何时需要消融
根据目前的指南,房颤有三个治疗支柱,房颤的ABC。A用于预防栓塞事件(避免中风),B用于更好地控制症状,C用于控制共病。自AFFIRM研究以来,心房颤动的治疗选择发生了显著的变化,最显著的是在上个千年末纳入了称为心房颤动消融的非药物策略。尽管现在有越来越多的证据表明节律控制在减少栓塞事件方面的好处,而且心房心脏病的概念正在获得空间,因为我们看到,即使没有最近心房颤动的证据,患者也会发生中风(cva)。这意味着抗凝的重要性(当适当指示时)仍然存在,无论选择的策略。另一方面,更好地控制症状,包括控制节奏或频率,以及治疗合并症(如阻塞性睡眠呼吸暂停、肥胖、高血压)是保持房颤患者生活质量这一主要目标的基本支柱。更新我们认为是确定和安全的概念的练习是区分科学和教条的东西。在这篇文章中,我们试图考虑最新的证据,以建立新的目标,更果断,并允许更大的整合医疗团队之间的患者,表明所有的治疗可以(也应该)体现为互补,而不是竞争。并建立诸如消融机会窗口、识别阻碍治疗的非心脏因素以及主治医生在房颤侵入性治疗中的关键作用等概念的相关性。
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