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Abstract
A retinopatia tóxica por cloroquina pode causar perda visual irreversível, e a maioria dos casos é assintomática até o estágio avançado da doença.
Muitos medicamentos sistêmicos apresentam efeito tóxico no olho e na reumatologia a cloroquina se destaca por seu baixo custo, alta eficácia e dificuldade no diagnóstico precoce da toxicidade retiniana.
O difosfato de cloroquina e o sulfato de hidroxicloroquina são derivados da 4-aminoquinolona usados originalmente como antimaláricos e, posteriormente, em outras doenças, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e doenças do tecido conectivo. Apesar de descritos para ambos os fármacos, a hidroxicloroquina apresenta menor severidade e risco para toxicidade ocular.
Os efeitos colaterais oculares descritos são depósitos corneal, caratata, neurite, alteração da acomodação, retinopatia e uveíte. Os achados de maior destaque, contudo, são depósitos corneais, por serem os mais frequentes e assintomáticos, e a retinopatia, devido à gravidade e irreversibilidade da perda visual.
Apesar de rara, ainda não há tratamento para a retinopatia tóxica por cloroquina. Assim, os reumatologistas e oftalmologistas devem atuar em conjunto para minimizar o efeito nocivo da medicação.