Ecologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais

Keila Cássia Santos Araújo Lopes, Gabriel Romagnose Fortunato de Freitas Monteiro, Paulo Rogério Lopes
{"title":"Ecologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais","authors":"Keila Cássia Santos Araújo Lopes, Gabriel Romagnose Fortunato de Freitas Monteiro, Paulo Rogério Lopes","doi":"10.36704/sapiens.v4i2.7322","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ecologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais (DOSSIÊ)\n \nEcologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais (DOSSIÊ)\n \n \nUm novo alvorecer desponta após tempos nebulosos marcados pelo desgoverno, num período marcado por ações antidemocráticas, anti-educadoras, anticientíficas e anticulturais (2019-2022), que culminou no descaso, descompromisso e violência com os Povos e as Comunidades Tradicionais, flexibilização na legislação e fiscalização ambiental, desmonte de políticas públicas; incoerência, negacionismos, incompetência e irresponsabilidade nas mais diversas esferas e áreas, a exemplo da desastrosa atuação durante a pandemia no Brasil (vírus SARS-CoV- 2/COVID-19), abandono do povo Yanomami, avanço da liberação de novos agrotóxicos, apoio ao garimpo e desmatamento ilegal das florestas brasileiras e insegurança alimentar em todas regiões (volta do Brasil ao mapa da fome).\nComo consequência dessas medidas, assistimos a um massacre dos povos originários ocasionada pela depredação dos bens naturais (solo, água, matas, fauna) e socioagrobioiversidade que traz consequências no tocante à soberania e segurança alimentar, bem como à saúde socioambiental. Crianças, homens, mulheres, jovens e idosos têm sido vítimas da mineração em terras já demarcadas, sendo acometidas por enfermidades, contaminação por mercúrio, fome, desnutrição, miséria e morte. Como se não bastasse, a agricultura familiar camponesa e as políticas públicas, ministérios, institutos e secretarias  vinculadas a essa categoria foram sucateadas, fragilizados e/ou paralisadas, a exemplo do Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (PRONERA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO),  Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), espaços consultivos, etc.\nA depredação das florestas e perda da sociobiodiversidade tem como principal agente promotor a política destrutiva empreendida nos últimos anos, pautada no avanço do agronegócio, mineração, pesca predatória, garimpo, dentre outros. Esse viés produtivista e economicista, desconsidera os valores biológicos (serviços ecossistêmicos), monetários (uso sustentável) e simbólicos (materiais e imateriais) das florestas “em pé”. Nesta racionalidade, de uma modernidade-colonial, a Natureza é vista meramente como recurso econômico a ser explorado pelo capital.\n \n \nA perda das áreas florestadas e biodiversidade ocasionam desequilíbrios ecológicos, climáticos, sociais, energéticos e produtivos. O desmatamento, além de levar à extinção de espécies, contribui com as alterações climáticas (veranicos e secas mais prolongadas, chuvas de granizo, aumento da temperatura, etc.)  percebidas cada vez mais em todo planeta Terra. Os gases de efeito estufa contribuem com o aquecimento da Terra, desencadeando desequilíbrios e impactos socioambientais com consequências avassaladoras, tais como: calor e frio intensos, desertificação, chuvas com índices pluviométricos elevadíssimos e incomuns, desabamento de encostas e inundações, afetando principalmente as populações de baixa renda que habitam as áreas de risco, em situações precárias, fato desencadeado pela intensa desigualdade social que, por sua vez, culmina em injustiças ambientais.\nA Ecologia Política apresenta um compromisso voltado para a denúncia das injustiças ambientais, bem como, o campo de estudo dos conflitos socioambientais oriundos do uso, apropriação e acesso aos bens naturais. O modelo econômico vigente é altamente excludente, predatório e desencadeia tais conflitos. Nesse sentido, torna-se importante destacar o relevante papel de proteção e conservação dos bens naturais que as comunidades tradicionais, representadas pelos Povos originários, Quilombolas, Quebradeiras de coco, Marisqueiras, Seringueiros, Caiçaras, Ribeirinhos, dentre tantas outras experiências situacionais tipificadas , exercem e são explicitadas em sua relação direta e respeitosa com a natureza, seja por meio de suas práticas seculares de manejo, espiritualidades e simbologias, bem como pela reprodução sócio cultural e biológica existente. Outrossim, nesta perspectiva, as racionalidades cosmogônicas operam no e pelo espaço, no campo das horizontalidades contra-hegemônicas, cuja relação Sociedade(s)-Natureza se afirma nos territórios e territorialidades insurgentes e confluentes.\nA Agroecologia enquanto ciência, prática e movimento dialoga com a Ecologia Política, pois ambas valorizam os saberes populares, as comunidades tradicionais e suas organizações (movimentos sociais, redes, articulações, etc.), valores e práticas. Como ciência, a Agroecologia possui princípios, práticas e métodos para avaliação, construção e transição para sistemas, territórios e sociedades sustentáveis. \nEnquanto movimento social, a Agroecologia se concretiza com a valorização e articulação política dos povos dos campos, das águas, das florestas e cidades, engajados na construção de territórios sustentáveis, soberanos, livres de agrotóxicos e transgênicos, do racismo ambiental, do patriarcado e outros tipos de preconceitos. A agenda da reforma agrária popular e, portanto, da justiça socioambiental, é construída diariamente, a partir da base, das redes políticas de resistência e das políticas de escalas.\nEsse dossiê intitulado “Ecologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais” apresentará ao leitor contribuições científicas, práticas, políticas, técnicas e experiências educadoras inerentes ao campo teórico da Agroecologia, Geografia Agrária, Geografia Socioambiental, Geografia Política e Educação do Campo. Os textos apresentados, certamente, trarão aproximações teóricas, inquietações, conhecimentos, reflexões e aplicações que possam contribuir com empoderamento, governança territorial e processos de transição agroecológica para territórios, sistemas e sociedades sustentáveis, justas e igualitárias.\nO texto “Conservação Ambiental e Soberania Territorial na Baía de Todos os Santos”, da autoria de Paula Regina de Oliveira Cordeiro, reflete a existência de inúmeras comunidades tradicionais que compõem a diversidade da Baía de Todos os Santos (BTS), com destaque para as comunidades pesqueiras e quilombolas. O texto aborda como tais comunidades atuam como guardiãs da sociobiodiversidade, a partir das práticas espaciais ancestrais, ao construírem seus territórios e territorialidades. A cosmopercepção africana da natureza é enfatizada ao discutir a gestão do território por essas comunidades. Além disso, são discutidas as relações conflituosas atravessadas nesses territórios com os empreendimentos industriais ou do turismo, bem como os processos de resistência.\nO ensaio “Cosmologia e Kilombus: território ancestral e a Retomada originária”, da autoria de Makota Kidoiale e Jair da Costa Junior, produz uma crítica aos modos de vida das sociedades ocidentais ou ocidentalizadas contemporâneas, às quais exploram, incessantemente, os recursos da natureza e produzem uma relação hierárquica com esta. Em contrapartida, são apresentadas as epistemologias e cosmologias do povo negro, sobretudo dos Povos de Santo, transmitidos por meio das tradições orais, herança ontológica e cosmológica das sociedades africanas. A perspectiva da filosofia Ubuntu é discutida na raiz dos povos africanos e afro-brasileiros. No que tange à Retomada como processo contra-colonial, é enfatizado seu sentido cosmológico, uma cosmopercepção radical, ou seja, a construção de uma outra relação sociedade(s) e natureza que deverá alterar a organização das relações sociais, ambientais, institucionais, políticas etc.\n“O debate sobre a Agroecologia no MST: as práticas de produção no campo e a relação socioambiental”, da autoria de Custódio Jovêncio Barbosa Filho e Elizete Oliveira de Andrade apresenta os resultados da pesquisa “Educação do Campo e Agroecologia: interfaces entre o saber científico e o saber popular”. O texto aborda a metodologia do círculo de cultura de Paulo Freire para compreender e analisar a atuação dos trabalhadores e trabalhadoras do Assentamento Olga Benário, situado em Visconde do Rio Branco, em seus processos organizativos para a produção voltada aos princípios da Agroecologia.\nA leitura do texto “Conflitos socioambientais no território do Extremo Sul da Bahia e a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto: a luta popular e as estratégias pedagógicas libertadoras na construção da Agroecologia”, da autoria de Felipe Otávio Campelo e Silva, Fábio Frattini Marchetti, Meriely Oliveira de Jesus, Dionara Soares Ribeiro e Valdete Oliveira Santos enfatiza a importante atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na construção da Reforma Agrária Popular, a partir da análise histórica dos conflitos socioambientais das últimas décadas no território do Extremo Sul da Bahia. Enfatiza, portanto, o potencial de ferramentas pedagógicas e espaços educadores, cujos resultados apontam para novas possibilidades na construção popular da Agroecologia, bem como, na elaboração de parâmetros para a formulação de políticas públicas.\nO artigo “Trajetórias em Projetos de Extensão Universitária: tecendo saberes geográficos e agroecológicos”, da autoria de Keila Cássia Santos Araújo Lopes, Izabela Obolari Protasio, Samara de Matos Silva, Mariana Soares Domingues, Gabriel Romagnose Fortunato de Freitas Monteiro e Paulo Rogério Lopes traz o percurso de construção do projeto de extensão “Tecendo saberes e cultivando alimentos: a Geografia na construção de processos educadores e territórios sustentáveis”, bem como, das ações, parcerias e criação do Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) Jequitibá Rosa na Universidade do Estado de Minas Gerais - unidade Carangola.\nPor fim, temos um texto relacionado às experiências práticas no campo da Agroecologia. 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Abstract

Ecologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais (DOSSIÊ)   Ecologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais (DOSSIÊ)     Um novo alvorecer desponta após tempos nebulosos marcados pelo desgoverno, num período marcado por ações antidemocráticas, anti-educadoras, anticientíficas e anticulturais (2019-2022), que culminou no descaso, descompromisso e violência com os Povos e as Comunidades Tradicionais, flexibilização na legislação e fiscalização ambiental, desmonte de políticas públicas; incoerência, negacionismos, incompetência e irresponsabilidade nas mais diversas esferas e áreas, a exemplo da desastrosa atuação durante a pandemia no Brasil (vírus SARS-CoV- 2/COVID-19), abandono do povo Yanomami, avanço da liberação de novos agrotóxicos, apoio ao garimpo e desmatamento ilegal das florestas brasileiras e insegurança alimentar em todas regiões (volta do Brasil ao mapa da fome). Como consequência dessas medidas, assistimos a um massacre dos povos originários ocasionada pela depredação dos bens naturais (solo, água, matas, fauna) e socioagrobioiversidade que traz consequências no tocante à soberania e segurança alimentar, bem como à saúde socioambiental. Crianças, homens, mulheres, jovens e idosos têm sido vítimas da mineração em terras já demarcadas, sendo acometidas por enfermidades, contaminação por mercúrio, fome, desnutrição, miséria e morte. Como se não bastasse, a agricultura familiar camponesa e as políticas públicas, ministérios, institutos e secretarias  vinculadas a essa categoria foram sucateadas, fragilizados e/ou paralisadas, a exemplo do Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (PRONERA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO),  Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), espaços consultivos, etc. A depredação das florestas e perda da sociobiodiversidade tem como principal agente promotor a política destrutiva empreendida nos últimos anos, pautada no avanço do agronegócio, mineração, pesca predatória, garimpo, dentre outros. Esse viés produtivista e economicista, desconsidera os valores biológicos (serviços ecossistêmicos), monetários (uso sustentável) e simbólicos (materiais e imateriais) das florestas “em pé”. Nesta racionalidade, de uma modernidade-colonial, a Natureza é vista meramente como recurso econômico a ser explorado pelo capital.     A perda das áreas florestadas e biodiversidade ocasionam desequilíbrios ecológicos, climáticos, sociais, energéticos e produtivos. O desmatamento, além de levar à extinção de espécies, contribui com as alterações climáticas (veranicos e secas mais prolongadas, chuvas de granizo, aumento da temperatura, etc.)  percebidas cada vez mais em todo planeta Terra. Os gases de efeito estufa contribuem com o aquecimento da Terra, desencadeando desequilíbrios e impactos socioambientais com consequências avassaladoras, tais como: calor e frio intensos, desertificação, chuvas com índices pluviométricos elevadíssimos e incomuns, desabamento de encostas e inundações, afetando principalmente as populações de baixa renda que habitam as áreas de risco, em situações precárias, fato desencadeado pela intensa desigualdade social que, por sua vez, culmina em injustiças ambientais. A Ecologia Política apresenta um compromisso voltado para a denúncia das injustiças ambientais, bem como, o campo de estudo dos conflitos socioambientais oriundos do uso, apropriação e acesso aos bens naturais. O modelo econômico vigente é altamente excludente, predatório e desencadeia tais conflitos. Nesse sentido, torna-se importante destacar o relevante papel de proteção e conservação dos bens naturais que as comunidades tradicionais, representadas pelos Povos originários, Quilombolas, Quebradeiras de coco, Marisqueiras, Seringueiros, Caiçaras, Ribeirinhos, dentre tantas outras experiências situacionais tipificadas , exercem e são explicitadas em sua relação direta e respeitosa com a natureza, seja por meio de suas práticas seculares de manejo, espiritualidades e simbologias, bem como pela reprodução sócio cultural e biológica existente. Outrossim, nesta perspectiva, as racionalidades cosmogônicas operam no e pelo espaço, no campo das horizontalidades contra-hegemônicas, cuja relação Sociedade(s)-Natureza se afirma nos territórios e territorialidades insurgentes e confluentes. A Agroecologia enquanto ciência, prática e movimento dialoga com a Ecologia Política, pois ambas valorizam os saberes populares, as comunidades tradicionais e suas organizações (movimentos sociais, redes, articulações, etc.), valores e práticas. Como ciência, a Agroecologia possui princípios, práticas e métodos para avaliação, construção e transição para sistemas, territórios e sociedades sustentáveis.  Enquanto movimento social, a Agroecologia se concretiza com a valorização e articulação política dos povos dos campos, das águas, das florestas e cidades, engajados na construção de territórios sustentáveis, soberanos, livres de agrotóxicos e transgênicos, do racismo ambiental, do patriarcado e outros tipos de preconceitos. A agenda da reforma agrária popular e, portanto, da justiça socioambiental, é construída diariamente, a partir da base, das redes políticas de resistência e das políticas de escalas. Esse dossiê intitulado “Ecologia Política, Agroecologia e Comunidades Tradicionais” apresentará ao leitor contribuições científicas, práticas, políticas, técnicas e experiências educadoras inerentes ao campo teórico da Agroecologia, Geografia Agrária, Geografia Socioambiental, Geografia Política e Educação do Campo. Os textos apresentados, certamente, trarão aproximações teóricas, inquietações, conhecimentos, reflexões e aplicações que possam contribuir com empoderamento, governança territorial e processos de transição agroecológica para territórios, sistemas e sociedades sustentáveis, justas e igualitárias. O texto “Conservação Ambiental e Soberania Territorial na Baía de Todos os Santos”, da autoria de Paula Regina de Oliveira Cordeiro, reflete a existência de inúmeras comunidades tradicionais que compõem a diversidade da Baía de Todos os Santos (BTS), com destaque para as comunidades pesqueiras e quilombolas. O texto aborda como tais comunidades atuam como guardiãs da sociobiodiversidade, a partir das práticas espaciais ancestrais, ao construírem seus territórios e territorialidades. A cosmopercepção africana da natureza é enfatizada ao discutir a gestão do território por essas comunidades. Além disso, são discutidas as relações conflituosas atravessadas nesses territórios com os empreendimentos industriais ou do turismo, bem como os processos de resistência. O ensaio “Cosmologia e Kilombus: território ancestral e a Retomada originária”, da autoria de Makota Kidoiale e Jair da Costa Junior, produz uma crítica aos modos de vida das sociedades ocidentais ou ocidentalizadas contemporâneas, às quais exploram, incessantemente, os recursos da natureza e produzem uma relação hierárquica com esta. Em contrapartida, são apresentadas as epistemologias e cosmologias do povo negro, sobretudo dos Povos de Santo, transmitidos por meio das tradições orais, herança ontológica e cosmológica das sociedades africanas. A perspectiva da filosofia Ubuntu é discutida na raiz dos povos africanos e afro-brasileiros. No que tange à Retomada como processo contra-colonial, é enfatizado seu sentido cosmológico, uma cosmopercepção radical, ou seja, a construção de uma outra relação sociedade(s) e natureza que deverá alterar a organização das relações sociais, ambientais, institucionais, políticas etc. “O debate sobre a Agroecologia no MST: as práticas de produção no campo e a relação socioambiental”, da autoria de Custódio Jovêncio Barbosa Filho e Elizete Oliveira de Andrade apresenta os resultados da pesquisa “Educação do Campo e Agroecologia: interfaces entre o saber científico e o saber popular”. O texto aborda a metodologia do círculo de cultura de Paulo Freire para compreender e analisar a atuação dos trabalhadores e trabalhadoras do Assentamento Olga Benário, situado em Visconde do Rio Branco, em seus processos organizativos para a produção voltada aos princípios da Agroecologia. A leitura do texto “Conflitos socioambientais no território do Extremo Sul da Bahia e a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto: a luta popular e as estratégias pedagógicas libertadoras na construção da Agroecologia”, da autoria de Felipe Otávio Campelo e Silva, Fábio Frattini Marchetti, Meriely Oliveira de Jesus, Dionara Soares Ribeiro e Valdete Oliveira Santos enfatiza a importante atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na construção da Reforma Agrária Popular, a partir da análise histórica dos conflitos socioambientais das últimas décadas no território do Extremo Sul da Bahia. Enfatiza, portanto, o potencial de ferramentas pedagógicas e espaços educadores, cujos resultados apontam para novas possibilidades na construção popular da Agroecologia, bem como, na elaboração de parâmetros para a formulação de políticas públicas. O artigo “Trajetórias em Projetos de Extensão Universitária: tecendo saberes geográficos e agroecológicos”, da autoria de Keila Cássia Santos Araújo Lopes, Izabela Obolari Protasio, Samara de Matos Silva, Mariana Soares Domingues, Gabriel Romagnose Fortunato de Freitas Monteiro e Paulo Rogério Lopes traz o percurso de construção do projeto de extensão “Tecendo saberes e cultivando alimentos: a Geografia na construção de processos educadores e territórios sustentáveis”, bem como, das ações, parcerias e criação do Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) Jequitibá Rosa na Universidade do Estado de Minas Gerais - unidade Carangola. Por fim, temos um texto relacionado às experiências práticas no campo da Agroecologia. O artigo “Uso da farinha
政治生态学、农业生态学和传统社区
政治生态、农业生态学和传统的社区(文件夹)政治生态、农业生态学和传统的社区(文件夹)一个黎明后开始模糊的管理不善,在被反民主,反-educadoras股票,anticientíficas和anticulturais(2019 - -2022),造成的疏忽,撤军和暴力的社区和民族传统,宽松的环境立法和监督,废除公共政策;不连贯,negacionismos,无能和不负责任的各个领域和方面,现存的例子在流感大流行期间巴西(冠状病毒- 2 / COVID -19),亚人民抛弃,推进解放的新杀虫剂的支持阵营和非法砍伐森林的巴西和巴西的食品不安全在所有地区(饥饿)地图。由于这些措施,我们目睹了对自然资产(土壤、水、森林、动物)和社会农业生物多样性的掠夺造成的对土著人民的屠杀,这对粮食主权和安全以及社会环境健康造成了后果。儿童、男子、妇女、青年和老年人是在划定的土地上采矿的受害者,他们受到疾病、汞污染、饥饿、营养不良、苦难和死亡的影响。像农民小农经济崩溃和公共政策,政府部门,机构和机构受这类是sucateadas,脆弱和/或利用,国家教育规划的例子在全国土地改革(PRONERA),学校供膳(PNAE),项目采购食品(eap)、国家技术援助政策和农业推广(PNATER),国家农业生态学和有机农业(PNAPO)政策,农村发展部(MDA)、法国国家殖民统治和土地改革(INCRA咨询),空间,etc.A森林的破坏和损失的sociobiodiversidade作为主要发起人的政策已经在过去的几年里,活动在推进农业、矿业、过度捕捞、帐篷等。这种生产力和经济偏见忽视了“站立”森林的生物价值(生态系统服务)、货币价值(可持续利用)和象征价值(物质和非物质)。在这种现代性殖民主义的理性中,自然仅仅被视为资本剥削的经济资源。森林面积和生物多样性的丧失导致生态、气候、社会、能源和生产的不平衡。森林砍伐除了导致物种灭绝外,还导致了气候变化(夏季和干旱时间延长、冰雹降雨、温度上升等),这在地球上越来越普遍。温室气体导致地球变暖,引发不平衡和社会环境影响,造成压倒性的后果,如:冷热刻不容缓,沙漠化,降雨和降雨指标不断浮现,崩溃的山坡和洪水,主要影响低收入人群居住在危险区域,在不稳定的情况下,引发激烈的社会不平等,反过来,彻底消除环境不公。政治生态学致力于谴责环境不公,以及研究因使用、占有和获得自然资源而产生的社会环境冲突。当前的经济模式是高度排他性的、掠夺性的,并引发了这种冲突。是很重要的,强调保护和保护自然资源的重要作用,社区为代表的传统民族的祖先,放逐,Quebradeiras可可,海鲜餐馆,割胶工人,Caiçaras,沿海很多实验中所规定的情境,并和风貌是其直接和尊重自然的关系,是通过管理实践世俗,espiritualidades都和象征,和现有的合伙人文化和生物繁衍生息。此外,从这个角度来看,宇宙理性在反霸权水平领域中运作,其社会与自然的关系在叛乱和融合的领土和领土中得到肯定。农业生态学作为一门科学、实践和运动与政治生态学对话,因为两者都重视大众知识、传统社区及其组织(社会运动、网络、关节等)、价值观和实践。作为一门科学,农业生态学具有评估、建设和向可持续系统、领土和社会过渡的原则、实践和方法。 最后,本文介绍了农业生态学领域的实践经验。文章“面粉的使用”
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