{"title":"A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DE TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ","authors":"Francicleide Magalhães Torres, Kelvia Carneiro Pinheiro Oliveira","doi":"10.54265/xgnf8562","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A toxoplasmose é uma das zoonoses mais frequentes do mundo, sendo causada pelo parasita Toxoplasma gondii, protozoário intracelular obrigatório e parasita de humanos, com ciclo de vida dependente de felinos domésticos e silvestres como hospedeiros definitivos, principalmente os gatos. Já o homem, os mamíferos não felinos e os pássaros são hospedeiros intermediários, sendo adquirido principalmente pela ingestão de oocistos presentes no solo; em alimentos mal lavados, crus ou mal cozidos; por via transplacentária ou por transplante de órgãos de pessoas infectadas. Geralmente, a sintomatologia da infecção é assintomática, podendo ser confundida como um quadro gripal. No entanto, em gestantes, pode ocasionar abortos espontâneos, nascimento prematuro, morte neonatal, danos na visão ou sequelas severas no feto (por exemplo, a clássica Tríade de Sabin: retinocoroidite, calcificações cerebrais e hidrocefalia ou microcefalia) caso a infecção seja adquirida principalmente durante os primeiros dois trimestres de gravidez. OBJETIVOS: Considerando a relevância dessa patologia como um grave problema de saúde pública, o presente estudo tem como objetivo analisar, na literatura, a importância do diagnóstico para toxoplasmose na gravidez. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de caráter exploratória, realizada através de busca de artigos disponíveis na integra, nos portais SCIELO e LILACS, com datas de publicação superiores a 2015. RESULTADOS: A transmissão placentária é responsável pela toxoplasmose congênita, sendo um dos tipos mais grave e comum da doença. É de suma importância a detecção precoce da toxoplasmose. O Ministério da Saúde recomenda que, no pré-natal, seja realizada a triagem sorológica a fim de detectar, prevenir, impedir ou, pelo menos, atenuar a infecção fetal. Essa triagem deve começar na primeira visita do pré-natal, podendo ser essencial para reduzir o risco da toxoplasmose congênita. Contudo, muitas gestantes não recebem nenhum cuidado ou não são assistidas durante o pré-natal, ocorrendo, assim, um grave problema devido ao fato de que no período avançado da gravidez será mais difícil identificar se a infecção foi adquirida ou não durante a gestação. O diagnóstico da toxoplasmose é realizado por análise de amostras sorológicas de soro ou plasma. O perfil sorológico pode apresentar os anticorpos IgM específicos, que são, geralmente, os primeiros a serem detectados. Os anticorpos IgG, que aparecem mais tarde, elevam-se bastante durante a fase aguda e, depois, diminuem gradualmente até títulos baixos, os quais persistem, na maioria dos casos, ao longo da vida do indivíduo. Na gestante, quando o primeiro exame mostra resultado positivo, é recomendado que se tenha a demonstração do aumento nos títulos de anticorpos em amostras obtidas com intervalos de no mínimo três semanas. Desse modo, o teste de avidez para anticorpos IgG poderá ajudar a diferenciar se a infecção é ou não recente, quando realizado dentro do primeiro trimestre da gravidez. CONCLUSÃO: Portanto, é necessário dar orientação as gestantes sobre esta infecção durante o pré-natal, visto que, em algumas gestantes, a infecção pode acontecer de forma assintomática, o que prejudica severamente o feto. Todavia, é importante a capacitação dos profissionais de saúde, bem como a promoção de ações de saúde. Resumo-sem apresentação Eixo: Microbiologia Geral PALAVRAS-CHAVE: Toxoplasmose, Diagnóstico da toxoplasmose, toxoplasmose na gravidez","PeriodicalId":344150,"journal":{"name":"Anais do Congresso Brasileiro de Inovação em Microbiologia - MICROBIO","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Brasileiro de Inovação em Microbiologia - MICROBIO","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/xgnf8562","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO: A toxoplasmose é uma das zoonoses mais frequentes do mundo, sendo causada pelo parasita Toxoplasma gondii, protozoário intracelular obrigatório e parasita de humanos, com ciclo de vida dependente de felinos domésticos e silvestres como hospedeiros definitivos, principalmente os gatos. Já o homem, os mamíferos não felinos e os pássaros são hospedeiros intermediários, sendo adquirido principalmente pela ingestão de oocistos presentes no solo; em alimentos mal lavados, crus ou mal cozidos; por via transplacentária ou por transplante de órgãos de pessoas infectadas. Geralmente, a sintomatologia da infecção é assintomática, podendo ser confundida como um quadro gripal. No entanto, em gestantes, pode ocasionar abortos espontâneos, nascimento prematuro, morte neonatal, danos na visão ou sequelas severas no feto (por exemplo, a clássica Tríade de Sabin: retinocoroidite, calcificações cerebrais e hidrocefalia ou microcefalia) caso a infecção seja adquirida principalmente durante os primeiros dois trimestres de gravidez. OBJETIVOS: Considerando a relevância dessa patologia como um grave problema de saúde pública, o presente estudo tem como objetivo analisar, na literatura, a importância do diagnóstico para toxoplasmose na gravidez. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de caráter exploratória, realizada através de busca de artigos disponíveis na integra, nos portais SCIELO e LILACS, com datas de publicação superiores a 2015. RESULTADOS: A transmissão placentária é responsável pela toxoplasmose congênita, sendo um dos tipos mais grave e comum da doença. É de suma importância a detecção precoce da toxoplasmose. O Ministério da Saúde recomenda que, no pré-natal, seja realizada a triagem sorológica a fim de detectar, prevenir, impedir ou, pelo menos, atenuar a infecção fetal. Essa triagem deve começar na primeira visita do pré-natal, podendo ser essencial para reduzir o risco da toxoplasmose congênita. Contudo, muitas gestantes não recebem nenhum cuidado ou não são assistidas durante o pré-natal, ocorrendo, assim, um grave problema devido ao fato de que no período avançado da gravidez será mais difícil identificar se a infecção foi adquirida ou não durante a gestação. O diagnóstico da toxoplasmose é realizado por análise de amostras sorológicas de soro ou plasma. O perfil sorológico pode apresentar os anticorpos IgM específicos, que são, geralmente, os primeiros a serem detectados. Os anticorpos IgG, que aparecem mais tarde, elevam-se bastante durante a fase aguda e, depois, diminuem gradualmente até títulos baixos, os quais persistem, na maioria dos casos, ao longo da vida do indivíduo. Na gestante, quando o primeiro exame mostra resultado positivo, é recomendado que se tenha a demonstração do aumento nos títulos de anticorpos em amostras obtidas com intervalos de no mínimo três semanas. Desse modo, o teste de avidez para anticorpos IgG poderá ajudar a diferenciar se a infecção é ou não recente, quando realizado dentro do primeiro trimestre da gravidez. CONCLUSÃO: Portanto, é necessário dar orientação as gestantes sobre esta infecção durante o pré-natal, visto que, em algumas gestantes, a infecção pode acontecer de forma assintomática, o que prejudica severamente o feto. Todavia, é importante a capacitação dos profissionais de saúde, bem como a promoção de ações de saúde. Resumo-sem apresentação Eixo: Microbiologia Geral PALAVRAS-CHAVE: Toxoplasmose, Diagnóstico da toxoplasmose, toxoplasmose na gravidez