{"title":"Consciência dionisíaca","authors":"João Luis Corá Silva","doi":"10.21901/2448-3060/self-2021.vol06.0005","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisou a consciência dionisíaca que perpassa a psicologia analítica de Jung e seu posterior desdobramento na psicologia arquetípica de James Hillman. O método utilizado foi o de pesquisa de revisão bibliográfica, iniciando com o levamento das diversas narrativas sobre o Dionísio mitológico. Em seguida, abordou-se o arquétipo de Dionísio à luz da psicologia analítica de Jung. Então, a partir da visão da psicologia arquetípica de James Hillman, tratou-se da consciência dionisíaca, entendida como um retorno ao feminino, a fim de metaforizar ou novamente tornar imaginais aspectos projetados sobre o corpo e a matéria – causa da neurose da consciência ocidental. Dionísio é o deus portador do pathos, deus das emoções e ambivalências. Enquanto experiência arquetípica, o dionisíaco relaciona-se ao pathos, aos instintos, às emoções humanas, portanto, é uma via privilegiada de acesso ao inconsciente. A consciência dionisíaca integra em si a dimensão reprimida pela cultura ocidental do pathos humano – a matéria, o corpo – às emoções e aos aspectos relegados ao feminino, possibilitando o surgimento de uma nova consciência unificada e uma reação à neurose da cultura ocidental.","PeriodicalId":169316,"journal":{"name":"Self - Revista do Instituto Junguiano de São Paulo","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Self - Revista do Instituto Junguiano de São Paulo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21901/2448-3060/self-2021.vol06.0005","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo analisou a consciência dionisíaca que perpassa a psicologia analítica de Jung e seu posterior desdobramento na psicologia arquetípica de James Hillman. O método utilizado foi o de pesquisa de revisão bibliográfica, iniciando com o levamento das diversas narrativas sobre o Dionísio mitológico. Em seguida, abordou-se o arquétipo de Dionísio à luz da psicologia analítica de Jung. Então, a partir da visão da psicologia arquetípica de James Hillman, tratou-se da consciência dionisíaca, entendida como um retorno ao feminino, a fim de metaforizar ou novamente tornar imaginais aspectos projetados sobre o corpo e a matéria – causa da neurose da consciência ocidental. Dionísio é o deus portador do pathos, deus das emoções e ambivalências. Enquanto experiência arquetípica, o dionisíaco relaciona-se ao pathos, aos instintos, às emoções humanas, portanto, é uma via privilegiada de acesso ao inconsciente. A consciência dionisíaca integra em si a dimensão reprimida pela cultura ocidental do pathos humano – a matéria, o corpo – às emoções e aos aspectos relegados ao feminino, possibilitando o surgimento de uma nova consciência unificada e uma reação à neurose da cultura ocidental.