ESTRUTURA POPULACIONAL DO XIPHOPENAEUS KROYERI CAPTURADO NA COSTA DO ESTADO DE SERGIPE, BRASIL

Abstract

O objetivo foi determinar a estrutura populacional de Xiphopenaeus kroyeri na costa de Sergipe. As coletas foram realizadas através de arrastos de fundo, em frente aos Rios Japaratuba, Sergipe e Vaza-Barris na primavera de 2017 e no verão de 2018. No laboratório, foram medidos o comprimento total do corpo – CT (mm), o comprimento da carapaça CC (mm) e o peso total PT (g). Foram estimadas relações lineares entre o comprimento total (CT) e o comprimento da carapaça (CC) para fêmeas e machos, assim como relações peso total (PT) comprimento de carapaça (CC) utilizando o modelo potencial, estimando-se o tipo de crescimento e o fator de condição por estação. O tamanho de primeira maturação sexual foi estimado para as fêmeas e machos. Foram coletados 1569 indivíduos, sendo 803 indivíduos (405 fêmeas e 398 machos), na primavera e 766 no verão (427 fêmeas e 339 machos). No geral, o comprimento variou de 7,96 a 32,54 mm CC. Na primavera, as relações CTxCC foram CT=0,253CC-3,804 (r2=0,955) e CT=0,227CC-1,945 (r2=0,9106) para fêmeas e machos, respectivamente. As relações PTxCC foram PT=0.0013*CT2,690 (r2=0,969) para fêmeas e PT=0,001*CT2,809 (r2=0,933) para machos. Observou-se que ambos sexos possuem crescimento alométrico negativo (b<3). O fator de condição foi estimado em K = W/L2.690 para fêmeas e K = W/L2.809 para machos. O tamanho de maturação sexual foi estimada em 14,52 mm CC e 14,41 mm CC para fêmeas e machos, respectivamente. No verão, as relações entre CTxCC foram CT=0,248CC-3,772 (r2=0,950) para fêmeas, e CT=0,219CC-1,524 (r2=0,954) para machos. As relações PTxCC foram PT=0.0015*CT2,670 (r2=0,963) para fêmeas e PT=0,0009*CT2,899 (r2=0,956) para machos. A partir do coeficiente b, observou-se que ambos sexos possuem crescimento alométrico negativo. O fator de condição foi estimado em K=W/L2, 670 e K=W/L2, 899 para fêmeas e machos, respectivamente. A maturação sexual foi estimada em 15,15 mm (CC) para fêmeas e 13,05 mm (CC) para machos no verão. Nas duas estações foi encontrada a proporção sexual de fêmeas para machos diferente de 1:1 (primavera: χ2=0,062; verão: χ2=5,884). No entanto, na primavera, os machos foram predominantes nas classes de comprimento menores a 19,37 mm (CC), e as fêmeas foram predominantes nas classes maiores. No verão, os machos foram predominantes nas classes de comprimento entre 14,49 e 19,37 mm (CC), e as fêmeas foram menores nas classes de comprimento de 14,48 mm (CC), e as maiores nas classes a partir de 19, 38 mm (CC).