{"title":"Narrativa y género: sobre desigualdad y justicia social en “Villette” de C. Brontë e “Insolación” de E. Pardo Bazán","authors":"Cristina Monereo Atienza","doi":"10.21119/anamps.42.501-518","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste trabalho se analisam duas obras literárias que retornam às origens do movimento feminista e concebem uma crítica à sociedade patriarcal, a divisão de papeis e à concepção marginalizada da mulher nesse momento. São ambos textos críticos que representam a um indivíduo isolado e indefeso em uma sociedade dominada pelo pensamento e a beneficência da igreja; refletem uma sociedade naturalmente organizada na qual se oculta ou invisibilizam às desigualdade de gênero, disfarçadas como pura e simples questão de diferença de/entre sexos; uma sociedade onde se idealizam umas supostas características femininas (a beleza, a delicadeza, a sensibilidade) sob as que se esconde a autêntica dominação do sexo masculino; inclusive, nas que domina o mito da incompreensão e o mistério que despertam as mulheres como uma forma de submissão à racionalidade masculina. Ante tal situação, se provoca à mulher para levantar sua voz diferenciada, plantando a semente para criar um novo sujeito com liberdade para gerar projetos de vida digna independentemente do sexo. No âmbito público se estabelecem às bases para a reconstrução de uma sociedade que não separe artificialmente entre a esfera pública e privada, e na que predomine uma nova teoria da justiça baseada mais na pluralidade e diferença de expectativas, necessidades e bens.","PeriodicalId":336488,"journal":{"name":"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura","volume":"306 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ANAMORPHOSIS - Revista Internacional de Direito e Literatura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21119/anamps.42.501-518","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste trabalho se analisam duas obras literárias que retornam às origens do movimento feminista e concebem uma crítica à sociedade patriarcal, a divisão de papeis e à concepção marginalizada da mulher nesse momento. São ambos textos críticos que representam a um indivíduo isolado e indefeso em uma sociedade dominada pelo pensamento e a beneficência da igreja; refletem uma sociedade naturalmente organizada na qual se oculta ou invisibilizam às desigualdade de gênero, disfarçadas como pura e simples questão de diferença de/entre sexos; uma sociedade onde se idealizam umas supostas características femininas (a beleza, a delicadeza, a sensibilidade) sob as que se esconde a autêntica dominação do sexo masculino; inclusive, nas que domina o mito da incompreensão e o mistério que despertam as mulheres como uma forma de submissão à racionalidade masculina. Ante tal situação, se provoca à mulher para levantar sua voz diferenciada, plantando a semente para criar um novo sujeito com liberdade para gerar projetos de vida digna independentemente do sexo. No âmbito público se estabelecem às bases para a reconstrução de uma sociedade que não separe artificialmente entre a esfera pública e privada, e na que predomine uma nova teoria da justiça baseada mais na pluralidade e diferença de expectativas, necessidades e bens.