{"title":"Aspectos do diagnóstico por imagem no choque hipovolêmico: relato de caso","authors":"Caroline Fernanda Silva, Murillo Miani Mascarenhas, Karen Maciel Zardo","doi":"10.54265/aede3990","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O choque hipovolêmico é caracterizado pela inadequada perfusão tecidual sistêmica, cujo desfecho é hipóxia tecidual, que se prolongada, pode levar à falência de múltiplos órgãos e até mesmo ao óbito. Normalmente essa síndrome é desencadeada por hemorragias externas ou internas, perdas cutâneas, gastrointestinais, entre outros. Essa alteração se manifesta através de sinais clínicos inespecíficos, sendo assim, é de extrema importância a realização de uma avaliação cuidadosa para o seu reconhecimento precoce, tratamento rápido e, consequentemente, melhora do prognóstico do paciente. Objetivou-se com esse trabalho relatar os aspectos radiográficos e ultrassonográficos da hipovolemia em um caso de atropelamento canino, para auxiliar na determinação rápida dessa síndrome. Foram consultados prontuário, resultados de exames, foram feitos registros fotográficos e realizada revisão de literatura sobre o tema. Através dessas informações, foi possível descrever o caso de uma cadela, sem raça definida, de quatro anos de idade, encaminhada ao hospital veterinário após atropelamento. A cadela foi submetida a exames de imagem, sendo constatado microhepatia, microesplenia, líquido livre denso com coágulos em espaço retroperitoneal bilateral e laceração renal direita ao exame ultrassonográfico abdominal. Ao exame radiográfico da região torácica, foi possível identificar também microcardia, microhepatia e contusão pulmonar, todos sinais secundários ao choque hipovolêmico. Diante dos achados supracitados, sugestivos de hipovolemia por hemorragia interna multifocal, foi possível concluir a causa do choque hipovolêmico por perda sanguínea, advindo do principalmente de trauma renal e pulmonar. Com essas informações, o cirurgião pode realizar o planejamento cirúrgico de nefrectomia, e ciente que poderia haver outros focos de hemorragia que precisariam ser investigados e solucionados. Durante o transoperatório, também foi detectada pequena laceração em veia cava caudal, além das lesões supracitadas visibilizadas por meio da ultrassonografia e radiografia. Tais exames também foram de extrema importância no acompanhamento pós-operatório do paciente, no qual foi possível visibilizar melhora radiográfica da contusão pulmonar e o restabelecimento volumétrico hepático, cardícaco e esplênico. Conclui-se que os exames de imagem foram de extrema importância não só para auxiliar no diagnóstico precoce do choque hipovolêmico e identificar os órgãos acometidos, como também contribuíram para o planejamento cirurgico e anestésico em paciente com risco de morte, além de auxiliar do monitoramento do paciente no pós operatório. Formato de apresentação: Resumo sem apresentação. PALAVRAS-CHAVE: cão, choque hipovolêmico, radiografia, trauma, ultrassonografia","PeriodicalId":165648,"journal":{"name":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/aede3990","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O choque hipovolêmico é caracterizado pela inadequada perfusão tecidual sistêmica, cujo desfecho é hipóxia tecidual, que se prolongada, pode levar à falência de múltiplos órgãos e até mesmo ao óbito. Normalmente essa síndrome é desencadeada por hemorragias externas ou internas, perdas cutâneas, gastrointestinais, entre outros. Essa alteração se manifesta através de sinais clínicos inespecíficos, sendo assim, é de extrema importância a realização de uma avaliação cuidadosa para o seu reconhecimento precoce, tratamento rápido e, consequentemente, melhora do prognóstico do paciente. Objetivou-se com esse trabalho relatar os aspectos radiográficos e ultrassonográficos da hipovolemia em um caso de atropelamento canino, para auxiliar na determinação rápida dessa síndrome. Foram consultados prontuário, resultados de exames, foram feitos registros fotográficos e realizada revisão de literatura sobre o tema. Através dessas informações, foi possível descrever o caso de uma cadela, sem raça definida, de quatro anos de idade, encaminhada ao hospital veterinário após atropelamento. A cadela foi submetida a exames de imagem, sendo constatado microhepatia, microesplenia, líquido livre denso com coágulos em espaço retroperitoneal bilateral e laceração renal direita ao exame ultrassonográfico abdominal. Ao exame radiográfico da região torácica, foi possível identificar também microcardia, microhepatia e contusão pulmonar, todos sinais secundários ao choque hipovolêmico. Diante dos achados supracitados, sugestivos de hipovolemia por hemorragia interna multifocal, foi possível concluir a causa do choque hipovolêmico por perda sanguínea, advindo do principalmente de trauma renal e pulmonar. Com essas informações, o cirurgião pode realizar o planejamento cirúrgico de nefrectomia, e ciente que poderia haver outros focos de hemorragia que precisariam ser investigados e solucionados. Durante o transoperatório, também foi detectada pequena laceração em veia cava caudal, além das lesões supracitadas visibilizadas por meio da ultrassonografia e radiografia. Tais exames também foram de extrema importância no acompanhamento pós-operatório do paciente, no qual foi possível visibilizar melhora radiográfica da contusão pulmonar e o restabelecimento volumétrico hepático, cardícaco e esplênico. Conclui-se que os exames de imagem foram de extrema importância não só para auxiliar no diagnóstico precoce do choque hipovolêmico e identificar os órgãos acometidos, como também contribuíram para o planejamento cirurgico e anestésico em paciente com risco de morte, além de auxiliar do monitoramento do paciente no pós operatório. Formato de apresentação: Resumo sem apresentação. PALAVRAS-CHAVE: cão, choque hipovolêmico, radiografia, trauma, ultrassonografia