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Abstract
O problema da autoridade é caro à filosofia política e também ao campo educacional. Hannah Arendt trata dele articulando-o à compreensão de política e nos ajuda a entender que na crise geral do mundo moderno há elementos que se interseccionam de maneira significativa com uma crise na educação, sendo a perda da autoridade um deles. A abordagem que realiza desses problemas é bastante singular, pois não encontramos uma descrição do que sejam Autoridade e Educação como categorias ou uma significação específica delas, tampouco constatamos uma doutrina pedagógica em seu pensamento; seu enfoque assinala mais objetivamente as dificuldades em que nos encontramos desde o século XX, quando uma perda da autoridade repercute em todas as esferas da vida, de modo particular na criação das crianças, no la e na escola. No texto A crise na educação (1958) se ocupou com os problemas políticos que têm atravessado o campo educacional e formativo, e em Que é autoridade? Parte constitutiva da obra Entre o passado e o futuro (1961), fez uma investigação retrospectiva, perguntando sobre o que já foi a autoridade; partiu do presente até chegar aos modelos políticos romanos e gregos, procurando demonstrar sua perda de sentido nos dias atuais. Em síntese, concluiu que o significado de autoridade foi totalmente enevoado pela crise política em que nos embrenhamos, e que hoje só possuímos uma memória parca dela, podendo lhe entender apenas como um não mais. No tocante ao problema Alain Renaut impetrou algumas considerações críticas à análise arendtiana, contrapontos que daremos luminosidade neste estudo.