{"title":"OS GALOS QUE NÃO PUDERAM CANTAR NA CIDADE: OS FIOS DE OURO DO PODER SEM PARRESÍA","authors":"Claudio Noel De Toni Junior","doi":"10.25110/rcjs.v26i1.2023-019","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O estudo possui como relevância entender os motivos que levaram as autoridades da Polícia Judiciária e o próprio judiciário da cidade de Santa Rita do Passa Quatro-SP, uma pequena estância climática a 80 km de Ribeirão Preto-SP, a adotar medidas policiais de condenação, marginalização e indiferença contra uma senhora idosa, dona xxxxx, que gerou repercussão nacional ao ser presa devido ao canto de seus galos. Uma senhora que, após viver grande parte da vida na cidade grande, decide, para fins de descanso, se mudar para uma cidade bucólica, com poucas pessoas, em um novo convívio social. xxxxx opta por deixar a cidade grande e escolhe Santa Rita do Passa Quatro-SP, uma cidade com ar puro e pouco mais de 25 mil habitantes. Dona xxxxx adquire uma pequena chácara na zona rural e decide fazer, longe dos olhos de concreto da cidade grande, um espaço para criar galos em sua chácara, que também é sua moradia. Define fazer na área campestre o que nunca poderia ter feito na cidade grande, sendo os galos os animais que mais estima, mas que poderiam ser cães ou gatos. Foucault é lembrado por seu gato, assim como dona xxxxx o será por seus galos. O que se pretende mostrar é uma crítica ao poder sem medidas dos juizados Especiais no estado de São Paulo (Jecrim), onde há poucas oportunidades para que se possa interpelar recursos na esfera penal e do ato de insignância em si ser efetivamente realizado, enquanto outras prioridades não o são com a mesma alteridade.","PeriodicalId":443905,"journal":{"name":"Revista de Ciências Jurídicas e Sociais da UNIPAR","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Ciências Jurídicas e Sociais da UNIPAR","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25110/rcjs.v26i1.2023-019","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O estudo possui como relevância entender os motivos que levaram as autoridades da Polícia Judiciária e o próprio judiciário da cidade de Santa Rita do Passa Quatro-SP, uma pequena estância climática a 80 km de Ribeirão Preto-SP, a adotar medidas policiais de condenação, marginalização e indiferença contra uma senhora idosa, dona xxxxx, que gerou repercussão nacional ao ser presa devido ao canto de seus galos. Uma senhora que, após viver grande parte da vida na cidade grande, decide, para fins de descanso, se mudar para uma cidade bucólica, com poucas pessoas, em um novo convívio social. xxxxx opta por deixar a cidade grande e escolhe Santa Rita do Passa Quatro-SP, uma cidade com ar puro e pouco mais de 25 mil habitantes. Dona xxxxx adquire uma pequena chácara na zona rural e decide fazer, longe dos olhos de concreto da cidade grande, um espaço para criar galos em sua chácara, que também é sua moradia. Define fazer na área campestre o que nunca poderia ter feito na cidade grande, sendo os galos os animais que mais estima, mas que poderiam ser cães ou gatos. Foucault é lembrado por seu gato, assim como dona xxxxx o será por seus galos. O que se pretende mostrar é uma crítica ao poder sem medidas dos juizados Especiais no estado de São Paulo (Jecrim), onde há poucas oportunidades para que se possa interpelar recursos na esfera penal e do ato de insignância em si ser efetivamente realizado, enquanto outras prioridades não o são com a mesma alteridade.