{"title":"A (RE)INVENÇÃO DE SI ATRAVÉS DAS NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS","authors":"M. B. D. Conceição","doi":"10.30620/p.i..v9i1.7012","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A presente pesquisa tem como objetivo mostrar de que forma as narrativas autobiográficas permitem uma reflexão acerca da formação e da prática docente. Do ponto de vista metodológico foi desenvolvida uma pesquisa de natureza qualitativa através do método autobiográfico em forma de pesquisa narrativa com base em entrevistas, e uma análise crítica dos dados à luz da crítica cultural. A fundamentação teórica baseou-se em autores da Crítica Cultural, e alguns que discutem a correlação entre autobiografia e educação, tais como: Josso (2008), Souza (2006), Foucault (2010), Nóvoa (2004), Tardif (2006), Agamben (2008), Derrida (1990), Deleuze (2004), Guattari (2004), entre outros. Através da pesquisa autobiográfica pode-se identificar a representação social da professora sobre a sua profissão assim como entender os sentidos que a docência assume para ela, em articulação com diferentes dimensões de sua vida. Dentro dessa articulação, pode-se constatar que essas narrativas contribuem para a valorização da identidade do professor, evidenciam a importância da subjetividade no seu processo formativo, contrapondo-se a um modelo cartesiano de formação, onde, muitas vezes, o ser professor é visto como um mero transmissor do conhecimento construído por outros; percebemos também que a escola ainda permanece como um lugar onde as diferenças não são respeitadas, onde as representações sociais de gênero, raça, são internalizadas desde muito cedo e legitimadas por ideologias racistas e patriarcais.","PeriodicalId":128891,"journal":{"name":"Pontos de Interrogação — Revista de Crítica Cultural","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-07-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Pontos de Interrogação — Revista de Crítica Cultural","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.30620/p.i..v9i1.7012","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A presente pesquisa tem como objetivo mostrar de que forma as narrativas autobiográficas permitem uma reflexão acerca da formação e da prática docente. Do ponto de vista metodológico foi desenvolvida uma pesquisa de natureza qualitativa através do método autobiográfico em forma de pesquisa narrativa com base em entrevistas, e uma análise crítica dos dados à luz da crítica cultural. A fundamentação teórica baseou-se em autores da Crítica Cultural, e alguns que discutem a correlação entre autobiografia e educação, tais como: Josso (2008), Souza (2006), Foucault (2010), Nóvoa (2004), Tardif (2006), Agamben (2008), Derrida (1990), Deleuze (2004), Guattari (2004), entre outros. Através da pesquisa autobiográfica pode-se identificar a representação social da professora sobre a sua profissão assim como entender os sentidos que a docência assume para ela, em articulação com diferentes dimensões de sua vida. Dentro dessa articulação, pode-se constatar que essas narrativas contribuem para a valorização da identidade do professor, evidenciam a importância da subjetividade no seu processo formativo, contrapondo-se a um modelo cartesiano de formação, onde, muitas vezes, o ser professor é visto como um mero transmissor do conhecimento construído por outros; percebemos também que a escola ainda permanece como um lugar onde as diferenças não são respeitadas, onde as representações sociais de gênero, raça, são internalizadas desde muito cedo e legitimadas por ideologias racistas e patriarcais.